domingo, 22 de abril de 2007

Alerta de Deus para a sua Assembléia


O Deus que ama seus filhos costuma corrigi-los.

Todo pai antes de qualquer correção ou reprimenda costuma avisar, sempre no sentido de evitar maiores traumas e até rupturas.

Ao final da 38ª Assembléia Geral Ordinária da CGADB – Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, realizada no Palácio das Convenções do Anhembi em São Paulo, na condição de um dos seus filiados, tenho a nítida impressão que Deus mandou-nos um ALERTA GERAL.

O evento foi histórico em todos os sentidos a partir do numero de inscritos, ultrapassando a casa dos 10.000, salientando-se que somente Ministros do Evangelho estiveram presentes cerca de 9.370.

O recorde alcançado a meu ver, desculpem-me a ousadia, em regra geral, não foi fruto do anseio pela unidade, e muito menos pela satisfação da comunhão fraternal e espiritual. No entanto ficou expressamente claro o interesse e o fervor pela disputa eleitoral.

É lamentável que ministrações devocionais de valor espiritual incalculável, assim como mensagens verdadeiramente reveladas pregadas durante os cinco dias, os hinos que pela sua inspiração nos fizeram adentrar nos átrios o Senhor, bem como até mesmo os demais assuntos de grande relevância inseridos no temário, tenham ficado, todos ofuscados pela sensação térmica da eleição.

O assunto era tema em todas as conversas aos quatro cantos do Anhembi. O cheiro da disputa eleitoral era sentido no ar.

O título de maior Assembléia Geral Ordinária da CGADB não sei quando se repetirá, porém a 38ª realizada em São Paulo, entrou para a história da nossa Assembléia de Deus com destaques de notoriedade, principalmente pelo número recorde de inscritos, procedentes de todas as regiões do país, inflamados muito mais pelo fervor da disputa eleitoral, do que pelo fervor do Espírito Santo, o que é lamentável, mas agora já é história, e história não se pode esconder.

O artigo ASSEMBLÉIA DE DEUS – UM GRITO PELO DISCERNIMENTO, publicado quinze dias antes da convenção no site da COMADESPE –
www.comadespe.com.br, de minha própria autoria e inteira responsabilidade conforme assinado, me proporcionou conforto e alegria por parte daqueles que concordaram com a linha de pensamento, no entanto, angústia e sofrimento interior, pelas manifestações de reprovação e discordância que recebi daqueles que se sentiram ofendidos, cuja “carapuça” lhes serviu perfeita na cabeça sem necessidade de qualquer ajuste.

Saliento que nenhum daqueles que me abordaram, se atreveram a refutar o que escrevi, mas sutilmente tentaram persuadi-me, colocando em questão meu direito de expressão, por motivos que aqui não se faz necessário mencionar. Não encontrando motivos para sua defesa, procuraram convencer-me, propositalmente, tocando nos meus sentimentos mais afetivos. Entendo eu, no entanto, que homem de Deus tem que ter postura, e postura é postura. Não existe a necessidade de que alguém tenha que sofrer ou promover afrontas pessoais, muito pelo contrário, qualquer divergência deve permanecer no campo das idéias.

Assim como Daniel na cova dos leões, Sadraque Mesaque e Abdenego, também colocaram suas próprias vidas em risco por causa da postura que tomaram. Pregar postura e firmeza de atitude é muito bom. O problema é, quando isso implica em contestações que poderão trazer percas afetivas ou financeiras. É preciso confiar totalmente no Senhor, para manutenção do caráter e da coerência. O que está dito não está por se dizer. Por falar em leões, coitado mesmo é quando um deles é jogado na “Cova dos Daniéis”. Aí não adianta Deus mandar anjo, tem que vir a trindade toda pra salvar o leãozinho! (Me Perdoem a comparação, mas não resisti).

Graças a Deus e pela sua grande e infinita misericórdia, não tinham do que me acusar, pois fui obediente em todos os âmbitos: ao meu pastor no Ministério, na Convenção Estadual e na Convenção Geral. Se a duras penas consegui a façanha de obedecer em todas as instâncias, fico em paz, pois se o Senhor é quem me justifica, quem me condenará?

Vejam que, quando denunciei e não concordei no referido artigo com as possíveis “benesses” (passagens de avião, ônibus, diárias de hotéis e taxas de inscrição), não mencionei qualquer nome, aliás, não citei nome algum em toda a lavra, até porque naquele momento tudo era fruto apenas das especulações e comentários espalhados. O pior é que, o que denunciei, confirmou-se na prática e aos olhos de todos durante todo o evento, com oferecimento de brindes, refeições de graça e muito mais, tudo com características indiscutíveis de “crime eleitoral”, coisas que, até na política secular, quem assim o faz, mesmo às escondidas, sabe que está correndo o risco. Na prática, ninguém se atreve a afrontar abertamente a lei, nem subestimar a inteligência dos concorrentes.

A continuar assim, será que vamos ter que criar a “Legislação Eleitoral das Assembléias de Deus”, com prestação de contas e tudo mais? Imaginem um irmão devolvendo o dízimo, já descontado o bônus eleitoral de ajuda de campanha política eclesiástica do seu pastor?

Lembremo-nos que o “modus operandis” mundano não serve para a Igreja do Senhor.

Como diz o ditado popular: “águas passadas não movem moinhos”, por isto vamos em frente.

O importante é que passadas todas essas coisas, é hora de reflexão e muita reflexão!

Consigo claramente entender um ALERTA DE DEUS PARA A SUA ASSEMBLÉIA, divididos em pelo menos três conselhos. Quem for integrante de cada uma das partes envolvidas, se aproprie do que melhor lhe convier, caso este simples escrito caia em suas mãos:

1 - O poder eclesiástico, naturalmente crescendo, gera poder econômico, e aquele que dele cuida, faça com todo cuidado como sendo seu, porém sabendo que não é seu, é de Deus. No tempo certo terá que dar conta ao dono da obra. Somos apenas mordomos. “Há um tempo determinado, debaixo dos céus para todas as coisas”.

2 - O poder econômico, normalmente, nunca comprará o poder eclesiástico. Isto ficou bem claro, pois se assim fosse, desta vez o teria feito, e seria lamentável, no entanto, Deus ainda está com o controle de tudo. A Bíblia diz: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará". Gálatas 6:7. Se porventura, a qualquer tempo o Senhor permitir que isto aconteça, é Juízo de Deus em sua casa para cumprir seus propósitos, e pasmem, faltou pouco para isto acontecer. Por quase nada, não fomos queimados, mas fomos chamuscados pelo poder econômico. (veja o resultado da Mesa Diretora 10x3).

Deus está avisando algo!

3 - O alerta de Deus através das urnas manifesta a necessidade de que alguns conceitos sejam urgentemente revistos, quer sejam do ponto de vista espiritual, administrativo ou relacional.

A DEMOCRACIA na Igreja, sempre deixa corações feridos e magoados, ao ponto que prevalecendo a TEOCRACIA, poderá até haver não pouca discussão, mas redundará em muita harmonia, paz e todos dirão:

‘‘PARECEU BEM AO ESPÍRITO SANTO E A NÓS “Atos 15:28”.
Tema da 38ª AGO da CGADB

ISTO É CONSENSO!

Um comentário:

  1. Associo-me ao seu comentário e o endosso tal como está. É tempo de repensar a Igreja, bem como de a nossa geração não tomar os caminhos que sempre condenamos, e que, agora, alguns, percorrem sem a menor cerimônia. Este é um sábio alerta que precisamos levar em conta. Deus lhe abençoe.

    Pastor Geremias do Couto

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Point Rhema

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