domingo, 21 de junho de 2009

ALCOOLISMO - PRISIONEIRO DE SI MESMO


PRISIONEIRO DE SI MESMO

TENTANDO TIRAR O CORPO FORA



O BOM ESCRAVO É O PIOR SENHOR

A matéria exibida no “Fantástico” do dia 07 de junho de 2009 sobre o estado de dependência alcoólica do ex-jogador Marinho Peres expôs de forma incontestável os prejuízos causados pela entrega do ser humano aos vícios e às drogas. Para mim, foi deprimente ver as imagens de alguém que um dia foi considerado “Símbolo Sexual” em estado tão deplorável. Resolvi então, diante das declarações dele, estudar um pouco mais a questão, até porque ao assumir ser “escravo” e de debitar a culpa na “bebida”, sob o ponto de vista da lógica ele cometeu um erro fatal que todo viciado comete. Todos, sem exceção, imputam seu estado de escravidão a algo que os prende de maneira que ao tentarem se libertar surge os efeitos colaterais que a psicologia identifica com o nome de “crise de abstinência”. Não vou aqui enfrentar estes profissionais nem os que tratam diretamente do assunto, vou apenas apresentar a minha posição, fundamentado na entrevista concedida pelo jogador citado na matéria.


ESCRAVO, deriva do latim “sclavu”; Que está sujeito a um senhor, como propriedade dele; Que está inteiramente sujeito a outrem, ou a alguma coisa.


Os críticos da escravidão afirmam que ela não é a condição natural dos homens, mas que ela é contrária ao caráter porque todos os homens são “livres por natureza”, e a “escravidão”, como instituição, foi introduzida em virtude da lei do mais forte e não encontra justificação se não na pura violência. Esta forma de escravidão acima vem de séculos, desde a descoberta do Brasil. É preciso, portanto, encontrar uma justificação “racional” da escravidão que não se fundamente só no uso da força. Desta exigência nasce a famosa distinção entre “escravo por lei” e por “escravo por natureza”.


O argumento usado pelo jogador mostra uma forma prática e simplória de delegar a outro fato a razão de ele estar passando por uma situação tão constrangedora. Ao afirmar que “a bebida” o escravizou ele estava se safando da responsabilidade, pois até onde sei nenhum copo, garrafa ou taça de bebida obriga ninguém a ingeri-las. Querer imputar a culpa à “dependência alcoólica” demonstra uma fuga ao não querer chamar para si a responsabilidade pela sua situação. Até onde sei quem escraviza alguém é apenas o “ser humano” e não vou tratar disto agora, bebida não escraviza, ela é sim uma invenção do homem que deixou-se “DOMINAR” por ela e agora, como num conto de fadas quer jogar sobre ela toda a culpa por seus erros.


O ébrio só é ébrio por que quis, ninguém impõe a outro tal condição. A opção por se transformar num pinguço é individual, é uma decisão unilateral. É o obvio, se eu bebo não será você que ficara de pileque, não será você que se sujeitará aos vexames da falta de sobriedade. Portanto, só aqui já fica evidente que não é a “bebida” e sim o camarada que é responsável direto pelas conseqüências do consumo de bebida. Os efeitos do álcool são inquestionáveis, no entanto não podemos impor a ele a responsabilidade pelo ato de uma pessoa, ao ingeri-lo, perder o controle de suas emoções, isto seria irracional. O interessante é que tem gente que tem sempre uma desculpa na ponta da língua e uma que eu ouvi me chamou a atenção: “É uma para esquecer, e outra para rebater”!


Vou propor um exercício simples. Pegue um “gambá”, prenda-o e dê a ele apenas “cachaça” para beber durante um período. Depois, substitua a “aguardente” por “água pura” e veja o que acontece. Com certeza absoluta ele não irá ter uma crise de “abstinência” por terem lhe tirado o seu líquido predileto. Isto mostra que o homem, na sua vontade em se eximir de culpa, procura dar a sua condição uma situação de escravização à sua falta de vontade e de coragem para se livrar do consumo de bebida. A psicologia afirma que o sujeito é “ESCRAVO” e ele, por comodidade prefere aceitar o rótulo a criar coragem para se livrar do peso que carrega sobre os ombros.


A sociedade é bombardeada diariamente por intensas campanhas publicitárias, visando aumentar o número dos consumidores de bebidas alcoólicas. É a “Numero 1; É a que “Desce Redondo”; É a “Loira”; É a “Grande”... Os comerciais veiculados na TV, transmitem uma idéia de “sucesso”, pregam que serão felizes nos relacionamentos amorosos, interpessoais e vitoriosos nas práticas esportivas, entre outras “inverdades”. É notório o êxito das campanhas promovidas pelos produtores de bebidas; O crescimento dos consumidores é vertiginoso, inclusive, entre os adolescentes e jovens.


O álcool infelizmente é uma “droga lícita” dotada de grande poder destrutivo, os males produzidos pelo seu consumo englobam, desde a deterioração da saúde à “destruição da personalidade” e dignidade do homem. Mas, nem mesmo isto, e o que vemos todos os dias mexem com os brios das autoridades no caminho de dar um basta a tudo isto. Pela constatação dos resultados negativos da ingestão de bebida alcoólica, conclui-se que é uma idéia concebida pelo diabo, a fim de aprisionar o homem ao pecado, destruindo-lhe a dignidade e o amor próprio.


Lembro ao jogador Marinho Peres que seu problema é como o de todos os que degustam a caninha. O beberrão toma as suas por vários motivos e por conta própria, mas na maioria dos casos por inquietação ou angústia. O lado bom do alcoólatra, se é que tem alguma coisa boa nesta história, é que quando ele se arrepende de algo dito ou feito, coloca, sem problema algum, a culpa na “bebida”. Tornando mais claro, o “álcool” na verdade, é tanto o “escape” quanto a “desculpa”.


Fato é que na matéria ficou evidente a posição de todos os que enveredam pelo caminho da bebida quando assumem serem “escravos” querendo desta forma se esquivar da culpa e das conseqüências de seus atos.


Se não soubermos dominar uma garrafa jamais dominaremos a nós mesmos


Carlos Roberto Martins de Souza

crms2casa@otmail.com


"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres." João 8: 36

8 comentários:

  1. Querido
    Pr. Carlos Roberto
    A Paz do Senhor!

    É uma hora sempre tê-lo em meu espaço.
    Obrigado por sua visita e comentário!
    Volte sempre!

    É muito bom está aqui neste seu espaço maravilhoso e rico em informações.
    Parabéns!

    Tenha uma magnífica semana.

    Um grande abraço.

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  2. Pr. Carlos Roberto, a paz do Senhor Jesus.

    Meu irmão, que mensagem maravilhosa e verdadeira! Graças a Deus, já ouvi muitos testemunhos de pessoas que chegaram ao fim do poço por causa da bebida, mas foram resgatadas pelo amor de Deus! Aleluia!

    Parabéns pela iniciativa de alertar as pessoas através de seu blog!

    Que o Senhor Jesus continue lhe inspirando e usando seu ministério.

    Deus te abençoe.

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  3. Caro Prof. Israel Lima,
    A Paz do Senhor!

    Obrigado pela honrosa visita, bem como pelas palavras de incentivo.

    Deus continue abençoando sua vida!

    Um grande abraço!

    Pr. Carlos Roberto

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  4. Prezada Débora Zibordi,

    A Paz do Senhor!

    Obrigado pela visita e pelas palavras de incentivo.

    Que aqueles que estão aprisionados no alcoolismo, creiam que SÓ JESUS CRISTO LIBERTA!

    Um grande abraço!
    Pr. Carlos Roberto

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  5. Pr. Carlos, a Paz do Senhor!

    Prezado Pr. Carlos, é com respeito e muito cuidado que peço a compreensão do autor para discordar em parte sobre o comentário publicado. Entendi perfeitamente a mensagem que o mesmo quiz transmitir. Todavia, segundo minha ótica há conteúdo muito parcialmente antagônico, mas com forte efeito em um resultado que discordo. Veja que aqui o escravisa não é o homem, mas sim, a "danada" e outras variáves, aqui denominadas de "Alcoolismo". O homem é o objeto, o escravo. O Alcoolismo é o "senhor" de sua escravidão. O Alcoolismo é quem o sujeitou a essa situação.

    Naturalmente, concordo com o conteúdo descrito, exceto, por esse porém.

    Aproveito para parabenizar o autor e incentivá-lo a escrever sobre o assunto; pois é assustador o numero de pessoas envolvidos com o Alcool e outras Drogas. Maior ainda, as dificuldades para deixarem o vício.

    Forte abraço e fiquem com Deus.

    Gilvan Paz.

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  6. Meu prezado Pastor.

    Venho mais uma vez prestigiar seu blog e agradecer através deste mecanismo, sua ajuda com relação a autoria do artigo postado em meu Blog.

    Os amigos servem para estes momentos tbém.

    Muito grato
    Paz do Senhor

    Ivan Tadeu

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  7. Caro Gilvan Paz!

    Graça e Paz!

    Grato pela sua honrosa visita, bem como pela sua análise, de uma ótica diferente.

    Isso nos ajuda a verificarmos os diversos ângulos de todas as discussões e crescermos à luz do diálogo.

    Um grande abraço!
    Pr. Carlos Roberto

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  8. Caro amigo Pb. Ivan Tadeu,
    A paz do Senhor!

    Eu é que agradeço a sua atenção.
    Assim vamos um ajudando ao outro e o nome do Senhor sendo engrandecido.

    Um grande abraço!
    Pr. Carlos Roberto

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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema

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