Ministério Público Federal pediu que as Assembleias de Deus do Piauí não façam propaganda eleitoral durante cultos
Como um templo religioso é considerado um "bem de uso comum", assim como uma escola ou um clube. Nesse tipo de lugar a legislação brasileira proíbe que seja afixada qualquer tipo de propaganda eleitoral.
Nesse período de pré-campanha, muitos candidatos têm visitado igrejas, embora não peçam votos diretamente, podem se beneficiar da exposição.
Contudo, no Piauí a recomendação do procurador regional eleitoral Alexandre Assunção e Silva para que igrejas evitem essa prática, gerou polêmica com o pastor Nestor Henrique Mesquita, presidente da Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Piauí (Ceadepi).
Ele disse que é "precipitada" a recomendação feita pelo Ministério Público Federal. "É uma medida um tanto precipitada, por causa de visitas que estamos recebendo de alguns pré-candidatos. Mas qual é o mal que há em candidatos visitarem as igrejas ou qualquer associação? Qual é o mal? Eu não vejo proibição nenhuma. Até porque não há candidatos ainda, só pré-candidatos", questiona Mesquita.
Ele acredita que não há nada de errado em as igrejas receberem visitas de políticos, citando especificamente um evento realizado no último sábado, num prédio da Ceadepi. Além disso, o pastor é pai do suplente de deputado federal Idoneil Santana Mesquita, que irá concorrer à Câmara Federal em outubro.
"A igreja é uma sociedade que tem membros que são eleitores. Não temos o direito de votar em quem quisermos?", questiona o líder da AD. Ele explica que as Assembleias de Deus no Piauí criaram um grupo que será responsável por "esclarecer" aos fiéis a importância do voto para a sociedade. Porém, nega que existe orientação para votar em candidatos específicos.
Ao mesmo tempo, o presidente da Ceadepi defende que não poderia impedir os pastores que são pré-candidatos apresentarem seus nomes aos fiéis. "Agora nós não vamos é fazer propaganda", minimizou.
Segundo o jornal O Dia, durante o evento realizado pela denominação no último sábado (23), teria sido confirmado o apoio ao ex-governador Wilson Martins (PSB) e ao senador Ciro Nogueira (PP). Essa decisão, contudo, teria gerado controvérsia entre muitos pastores e fiéis da igreja.
Com informações de O Dia via Gospel Prime
MEU COMENTÁRIO:
Em que pese profundo respeito pela pessoa do Pr. Nestor Mesquita, MD Presidente da Convenção Piauiense, a orientação do Ministério Público Federal não fala de visita a cultos e ou templos, mas sim de se pedir voto ou se fazer propaganda da política eleitoral.
Cercear um cidadão a participar de uma atividade religiosa, seria proibir-lhe o direito constitucional de "ir e vir", mas até que ponto eu saiba a proibição se dá no campo da campanha eleitoral nos púlpitos, no fato de que se peça voto a quem quer que seja.
Membros das Igrejas e mesmo os líderes religiosos são cidadãos comuns, e assim como todos os outros teem o direito de se utilizarem dos meios disponíveis a todos, sem no entanto se utilizarem do púlpito para propaganda eleitoral.
Agora, no meu entender, mensagens que levem nosso povo se absterem da corrupção, seja ela ativa ou passiva, e não apoiarem os que assim praticam, sem citar nomes ou partidos, fazem parte do ensino cristão, mas para tanto, tais líderes devem ser no mínimo o "exemplo dos fiéis". #Pronto falei.
Falou bem!
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