quarta-feira, 24 de julho de 2024

Igrejas evangélicas em Buenos Aires obtêm status de entidade legal após anos de luta





A ACIERA - Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas da República Argentina valoriza-o como uma “reivindicação histórica” alcançada e espera "que em breve seja replicada em todo o país".




O ministro da Justiça da Argentina, Mariano Cúneo Libarona, juntamente com o chefe da Inspetoria Geral de Justiça CPN Daniel Vítolo, anunciou na última terça-feira a desregulamentação que permitirá que as igrejas da cidade de Buenos Aires (CABA) se registrem como pessoas jurídicas privadas (no caso, religiosas).

A mudança legal se aplicará às organizações civis, juntamente com outras modificações.

Essa mudança significará acesso a livros assinados, CUIT (chave única de identificação fiscal), propriedade de bens registráveis, etc. Até agora, para ter acesso a esses direitos, muitas igrejas estavam estruturadas sob outras formas jurídicas (associações civis e fundações), mas com essa reforma isso não será mais necessário.

A ACIERA (Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas da República Argentina) descreve esse fato como "Boas notícias para as igrejas evangélicas na CABA!" e interpreta esse avanço como a realização de uma "demanda histórica" das igrejas evangélicas e de outras comunidades religiosas, alcançada após muitos anos de luta, e que eles esperam que "em breve seja replicada em todo o país".

Christian Hooft, presidente da ACIERA, expressou no X (antigo Twitter) sua alegria por esse marco e o que ele significa para as igrejas evangélicas.


Folha Gospel com informações de Evangélico Digital

Mulheres negras são maioria nas igrejas de São Paulo, revela pesquisa




Os dados são de uma pesquisa Datafolha realizada entre 24 e 28 de junho com 613 moradores da capital que se declaram evangélicos.



As igrejas evangélicas da capital paulista são predominantemente compostas por mulheres negras de famílias com renda de até três salários mínimos.

Esse é o perfil do crente médio na cidade de SP, onde 71% frequentam pequenos templos, com até 200 pessoas, que se espalham pelas periferias.

Os dados são de uma pesquisa Datafolha realizada entre 24 e 28 de junho com 613 moradores da capital que se declaram evangélicos.

O levantamento, com margem de erro de quatro pontos percentuais, foi elaborado com a colaboração dos antropólogos Juliano Spyer e Rodrigo Toniol, da socióloga Christina Vital e do cientista político Vinicius do Valle, todos pesquisadores na área.

Em São Paulo, onde uma em cada quatro pessoas é evangélica, a pesquisa revela que 58% é mulher e, segundo o Censo 2022, 53% da população local.

Evangélicos negros

Os evangélicos negros na cidade de São Paulo, incluindo pardos e pretos, representam 67% do total. Em média, segundo o Censo, esse grupo equivale a 43,5% da população paulistana.

Quatro em cada dez entrevistados pelo Datafolha afirmaram frequentar uma igreja evangélica desde o nascimento ou antes dos 12 anos. Esses são os chamados "evangélicos de berço", uma geração que cresceu imersa na fé cristã evangélica.

Em 55% dos casos, nem o pai nem a mãe frequentavam a igreja quando o fiel era criança, diz a pesquisa.

Os números indicam que a maioria se converte à fé evangélica depois dos 18 anos, com 46% relatando que começaram a frequentar cultos nessa idade. Esse processo geralmente inclui o batismo, onde se declara publicamente a fé em Jesus como salvador.

Troca de religião

O fenômeno de trocar uma religião por outra diminuiu. Cinquenta e oito por cento dos evangélicos afirmam nunca ter pertencido a outra religião. Quando ocorre uma troca, a Igreja Católica é a principal perdedora, com 38% dos convertidos oriundos dessa tradição. O restante se divide entre religiões como umbanda, candomblé, espiritismo e budismo.

As grandes igrejas são exceções na cena religiosa, com apenas 12% dos evangélicos frequentando templos com mais de 500 pessoas. A maioria dos espaços evangélicos em São Paulo atende até 200 pessoas e está concentrada nas periferias, onde pequenas igrejas de bairro predominam.

Muitas dessas igrejas são informais, operando em galpões improvisados com cadeiras de plástico e um púlpito básico, sem formalização ou registro oficial.

A frequência aos cultos destaca o alto engajamento dos fiéis: 54% participam dos cultos mais de uma vez por semana, enquanto 26% vão pelo menos uma vez por semana.

Pesquisa também mostra que 43% dos evangélicos dizem pertencer a uma igreja pentecostal, como Assembleia de Deus, Congregação Cristã do Brasil e Deus É Amor. Outros 22% são membros de igrejas neopentecostais, como Universal e Renascer.

As igrejas históricas, como batistas e presbiterianas, representam 10% dos evangélicos. Já os "desigrejados" – aqueles que se identificam como evangélicos, mas não frequentam uma igreja – são 5% da amostra.

Identidade religiosa

Rodrigo Toniol, professor de antropologia na UFRJ, destaca uma sólida transferência da identidade religiosa dos pais para os filhos evangélicos, um fenômeno que já foi mais prevalente no catolicismo.

Hoje, o Brasil tem muitos "católicos de IBGE" – aqueles que se identificam como católicos, mas não praticam a religião. Em contraste, pesquisas mostram que os evangélicos tendem a permanecer na mesma esfera religiosa, mesmo que mudem de igreja ao longo do tempo. "Ele pode ir para outras, tem uma circulação", explica Toniol.

O estudioso também considera essencial destacar que o perfil predominante nos templos evangélicos é negro, pobre e feminino. "Acho que vale insistir para a gente chamar atenção de que essa também é a cara do brasileiro médio", afirma.

Fonte: Guia-me com informações de Folha de S. Paulo via Folha Gospel

quarta-feira, 17 de julho de 2024

As Mulheres Pretas da Bíblia, da escritora Sheila Souza é lançado pela Mk





As Mulheres Pretas da Bíblia - A obra aborda identidade e representatividade feminina por meio de histórias de mulheres fortes da Bíblia


As Mulheres Pretas da Bíblia é o mais novo lançamento da MK Books. A obra, lançada nesta quinta-feira (11), foi escrita pela pastora Sheila Souza que ressalta que seu livro é “inspirado totalmente nas Escrituras Sagradas”.

Nesta obra, o leitor encontrará a história de Eva, Débora, Sara, Maria – a mãe de Jesus -, Ana, Rute e tantas outras contadas sob a perspectiva de uma “mulher de pele preta que encontrou na sua Bíblia uma melhor amiga, amiga essa que tinha uma capa preta”.

A autora, que pastoreia ao lado de seu marido, o pastor Sandro Souza, a Comunidade Cristã do Gueto, espera que todas as mulheres, independentemente da cor de pele e etnia possam ler o seu novo ebook.

Sheila destaca pontos importantes de quem comete e sofre com o racismo e a discriminação. Para ela, os preconceitos “formam uma faca de dois gumes, prende a agredida em seus traumas e a agressora em seus pecados, mas a vontade de Deus é libertar a todas”.

A escritora ainda relembra que “a verdade liberta” e crê que “através dessa verdade cativeiros na alma serão abertos, tanto das mulheres que sofreram com o racismo e a discriminação quanto das que praticaram”.

– [O livro] sem dúvida, servirá de ferramenta para todas as mulheres pretas, cristãs e não cristãs, porque tem como fundamento gerar identidade e representatividade através das mulheres fortes da história da Bíblia e de algumas mulheres do nosso tempo, ajudando-as enxergar o grande potencial que Deus investiu em cada uma delas e, principalmente, ajudando-as a se enxergarem Nele, como filhas amadas que sempre foram – pontua em seu ebook.

Os pastores Sheila e Sandro Souza pregam contra o racismo, o preconceito e as desigualdades sociais. O casal incentiva os fiéis a romperem com as barreiras sociais e a se tornarem referências para as próximas gerações.

Fonte: Pleno News

O novo lançamento da MK Books já está disponível em todas as plataformas digitais.

Capa do ebook As Mulheres Pretas da Bíblia
Capa do ebook As Mulheres Pretas da Bíblia Foto:Divulgação/MK Books
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