O criacionismo defende que, após a Criação, havia uma só
língua, ou seja, uma só estrutura linguística, com um vocabulário comum, como
pode ser observado em Gênesis 11:1. Entretanto, essa língua comum foi um dos
fatores utilizados pelo ser humano para violar uma das primeiras recomendações
divinas, a de encher e dominar a Terra. De fato, opondo-se a esse claro
desígnio de Deus, o ser humano começou a construir uma cidade e uma torre,
“para não serem espalhados pela superfície da Terra”.
Foi essa, em parte, a
razão pela qual o mesmo Deus que havia dado a linguagem aos homens deu origem a
várias famílias linguísticas (Gn 11:7), em resultado do que a humanidade acabou
se espalhando por todo o planeta. O ponto de vista criacionista, baseado no
relato bíblico, explica assim não só a unidade, mas também a diversidade das
línguas.
A variedade é um fato marcante neste planeta. Enquanto seres
humanos foram capazes de pintar a Capela Sistina e compor belíssimas sinfonias,
há tribos que ainda não sabem usar o fogo. É um grande contraste. No que diz
respeito aos aspectos étnicos, ou raciais,* e linguísticos, também há grande
variedade. Só na África são mais de mil etnias. Os ramos linguísticos são cerca
de cinco mil.
Ciência e religião sempre buscaram respostas para duas
questões essenciais: a origem e o destino de tudo. O Gênesis, na Bíblia, coloca
o planeta em que habitamos como o centro da criação divina que deu origem ao
universo. Bíblia fala na criação de Adão, o primeiro homem da Terra. Na Bíblia,
a origem da grande diversidade de línguas do mundo é tida como um castigo de
Deus. Pelo texto bíblico, no princípio dos tempos, só se falava uma língua.
Quando os homens resolveram construir uma torre que pudesse alcançar o céu,
para ficarem mais próximos de Deus, foram castigados por seu criador e
destinados a falar diferentes idiomas.
Assim, que trabalhamos com a hipótese da monogênese, que
sustenta que havia uma única manifestação da linguagem verbal, da qual
derivaram as outras.
As
culturas na Bíblia
A Bíblia não é um livro elaborado a partir da preocupação
com as culturas, muito antes visa ser o testemunho e a vivência de fé. A Bíblia
traz diversos aspectos a partir de fé no único Deus, a ação divina na história
humana e, especialmente, o Deus revelado e anunciado em Jesus Cristo.
A Bíblia apresenta o testemunho de fé de um povo. A
diversidade linguística e, consequentemente, a diversidade cultural faz parte
da existência humana, que a Bíblia menciona em seus relatos.
Diversidade
Cultural
A diversidade cultural representa as distintas culturas que
existem no planeta. Como cultura compreende-se o conjunto de costumes e
tradições de um povo transmitidas de geração em geração. Dessa forma, como
elementos culturais representativos de um determinado povo destacam-se: língua,
crença, comportamento, valores, costumes, religião, folclore, dança, culinária,
arte, dentre outros.
Sendo assim, o que diferencia uma cultura das outras são os
elementos constitutivos que consequentemente compõem o conceito de identidade
cultural, ou seja, o indivíduo pertencente àquele grupo se identifica com os
fatores que determinam sua cultura. Uma vez que a diversidade cultural engloba
o conjunto de culturas que existem, são esse fatores de identidade que
distinguem o conjunto dos elementos simbólicos presentes nas culturas
reforçando as diferenças culturais que existem entre os seres humanos.
O
RECOMEÇO DA HUMANIDADE
Gênesis 9:19 diz que desses três homens – Sem, Cão e Jafé (filhos
de Noé) – se povoou a Terra, originando-se as etnias e as línguas. O mundo
passou por grande fragmentação geográfica e mudanças climáticas e topográficas,
o que favoreceu a variabilidade em diversos aspectos.
A TORRE DE BABEL
Não sabemos quanto tempo se havia passado desde que Noé saiu
da arca até a construção da torre de Babel. De qualquer forma, seus filhos, Sem
e Jafé, não puderam impedir seus descendentes de cair na apostasia de Cão.
O Gênesis
Deus havia prometido a Noé que nunca mais haveria um dilúvio
de águas sobre a Terra. Porém os homens não acreditaram na promessa de Deus e
resolveram construir a torre de “Babel” para se salvarem de um outro possível
dilúvio. O termo ‘Babel’ até este ponto significava “porta do céu”. Isto mostra
que a intenção era construir uma torre que alcançasse literalmente o céu, e
para onde todos pudessem subir e se salvar (por esta obra humana) de outro
dilúvio, se Deus o enviasse.
A partir da confusão de línguas que o capítulo 11 descreve,
o termo Babel foi alterado para “confusão de línguas”.
A Bíblia Sagrada é o documento mais digno de Fé e a fonte
histórica mais séria e pormenorizada.
A Torre de Babel foi construída por descendentes próximos de
Noé, num tempo em que o reduzido número da humanidade de então vivia reunido e
falava uma mesma língua, pro-vavelmente a mesma de Adão e Noé.
Segundo a tradição, Ninrode, bisneto do patriarca Noé, foi o
“rei” que comandou a cons-trução da Torre: “Ninrode foi o primeiro homem
poderoso da terra (Gênesis 10,8), e “Ele estabeleceu o seu reino primeiramente
em Babilônia, Arac, Acad e em Calane, na terra de Sinear”. (Gênesis, 10,10).
Supõe-se habitualmente que a Torre de Babel foi erguida no
sul da Mesopotâmia. Ou seja, no atual Iraque, não longe da cidade de Babilônia,
fundada muito depois; ou no máximo no sul do Irã.
Significado
e época
A Torre
de Babel paradigmática, de que nos fala o Gênesis e da qual procede a diversidade das línguas humanas, está
envolvida em densas nuvens de interrogações. Sua construção constituiu sem
dúvida um dos momentos mais pecaminosos da história da humanidade, deixando um
rastro de desgraças que sofremos até hoje.
“Babel”
significa “confusão”.
Estima-se
que sua construção se deu por volta do ano 2.420 a.C., quer dizer,
aproximadamente 130 anos após o Dilúvio.
Portanto,
bem antes do início da Grande Pirâmide do Egito (por volta de 2.170 a.C.), do
nascimento de Abraão (1.976 a.C.) e da fundação do reino de Babilônia (por
volta de 1.894 a.C.).
O
verdadeiro significado da Torre de Babel
A Torre de Babel, segundo a narrativa bíblica no Gênesis,
foi uma torre construída por um povo com o objetivo que o cume chegasse ao céu,
para tornarem o nome do homem célebre. Isto era uma afronta dos homens para
Deus, pois eles queriam se igualar a Ele. Deus então parou o projeto, depois
castigou os homens de maneira que estes falassem varias línguas para que os
homens não se entendessem e não pudessem voltar a construir uma torre com esse
propósito. A localização da construção teria sido na planície entre os rios
Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia (atual Iraque), uma região célebre por sua
localização estratégica e pela sua fertilidade.
A
história é encontrada em Gênesis 11:1-9:
“E era
toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala. E aconteceu que, partindo
eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali. E disseram
uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo
por pedra, e o betume por cal. E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e
uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos
espalhados sobre a face de toda a terra. Então desceu o Senhor para ver a
cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; E o Senhor disse: Eis que
o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e
agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. Eia,
desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do
outro. Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram
de edificar a cidade. Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali
confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre
a face de toda a terra”.
Torre de
Babel e seu significado
A Torre de Babel, que significa a "porta do céu"
ou a "porta de Deus", é mencionada na Bíblia (Génesis, 11), como uma
das construções mais ambiciosas do homem.
Sabemos que, para castigar a obra do orgulho humano, Deus
resolveu confundi-los na sua linguagem, de tal forma que não se compreendessem
uns aos outros. Sem se entenderem, os construtores da Torre de Babel
interromperam os seus trabalhos de construção e dispersaram-se por toda a
terra, dando origem às diversas culturas e diferentes línguas que se falam no
mundo. A partir de então, Babel passou a ser sinónimo de confusão e a
simbolizar o castigo divino sobre a arrogância, orgulho e paganismo humanos.
Chegados ao Oriente, os Babilônios estabeleceram-se na
planície de Sinar, onde resolveram construir uma cidade, a Babilônia, uma das
sete maravilhas do mundo, com suntuosos palácios, jardins suspensos e com uma
torre, erigida, provavelmente, em forma de zigurate e coroada por um templo, no
seu topo, por forma a alcançar o céu. Segundo Heródoto, a cidade era tão
magnífica que era incomparável a qualquer outra existente.
O
MULTILINGUISMO
Em um mundo globalizado, o multilinguíssimo é um fato que
ultrapassa fronteiras políticas dos países. Hoje, os cidadãos necessitam falar
muitas línguas. O ensino plurilíngue tornou-se então uma necessidade para
todos. De acordo com a ONU existem cerca de 3 mil línguas e dialetos falados
hoje em dia.
Afinal de
contas como tudo isso começou?
A Bíblia Sagrada no livro de Gênesis capitulo 11, conta a
história da TORRE DE BABEL, uma torre enorme, construída pelos descendentes de
Noé, com a dupla finalidade de escapar de um novo eventual dilúvio e também de
adorar falsos deuses.
De acordo com o relato bíblico, foi esta torre a causa das
divisões das línguas. A Bíblia relata um confronto entre a humanidade e o
próprio Deus, e Ele com uma espécie de maldição, fez com que o homem se
espalhasse sobre a terra, e ai falando diferentes línguas de modo que não pudessem
entender uns aos outros e a torre nunca mais foi construída.
Ziad Yussef Fazah, é um libanês de inteligência prodigiosa,
é considerado o maior poliglota do mundo, segundo o livro dos Records ele fala
com razoável fluência, 58 idiomas, uma fantástica percepção linguística. Mas
não chega a 2 % da totalidade dos idiomas e dialetos reconhecidos.
De todos os idiomas falados há algo muito interessante, eles
podem ter a mesma origem!
Muitos ao se perguntarem qual teria sido o idioma original
da humanidade e como seria possível reviver este idioma do qual se brotou todos
os demais. Esta indagação atualmente te tornou um estudo de ponta em
linguística, a chamada ciência que estuda a evolução dos idiomas, sua estrutura
e suas possíveis interrelações no quadro histórico social.
Um dos atos mais humilhantes que o ser humano pode experimentar
é a aprendizagem de outro idioma, outra língua, especialmente se for como
adulto. É necessário voltar a ser
criança, ser alfabetizado, aprender o abecedário da nova língua, ser gozado,
ridicularizado, ter pessoas falando em voz alta com você como se você tivesse
um problema de audição, falando devagar e com gestos. Existe uma ironia nesta
humilhação, pois a diversidade das nossas línguas tem sua origem no orgulho do
homem e a maneira como Deus confundiu sua língua.
DE UMA VIERAM TODAS
A primeira evidência, no entanto, não provém da arqueologia,
mas sim da Linguística, a ciência que estuda a evolução das línguas, suas
estruturas e possíveis inter-relações no quadro histórico e social. Nós temos
hoje uma quantidade significativa de idiomas diferentes, sem contar as já
extintas - e apesar disso, os pesquisadores têm detectado muitas semelhanças
entre os diferentes idiomas, e essas semelhanças são tão incríveis que é difícil
que seja tudo coincidência.
Segundo o linguista Cidmar Teodoro Pais, da Universidade de
São Paulo, a comparação entre as várias línguas do planeta, tanto as ainda
faladas quanto as já desaparecidas, revela efetivamente algumas características
comuns que apontam para a possível existência de uma língua primeira, mãe de
todas.
Pela sua misericórdia, Deus se recusou a permitir que o esquema
maligno da construção da Torre de Babel tivesse êxito. Quanta vez na história,
Deus interceptou os homens que queriam organizar o mundo através de um governo
central (Napoleão e Hitler são exemplos disto). Isto foi realizado com eficácia
fazendo com que diferentes famílias falassem diferentes idiomas, e desta forma
se espalhassem pela terra. Então o plano original de Deus de repovoar a terra
foi realizado.
PENTECOSTES
X BABEL
No dia de Pentecostes o Espírito de Deus multiplicou então
as línguas dos Apóstolos, a fim de que o mesmo instrumento — a divisão dos
idiomas — que no Gênesis significava a dispersão dos homens, servisse para
produzir efeito contrário, ou seja, para congregar num só reino os povos até
então divididos e hostis entre si: em Pentecostes as múltiplas línguas,
atingindo cada indivíduo com suas particularidades étnicas, geraram unidade de
sentimentos nos ouvintes, congregando-os num reino universal, que é o Reino de
Deus, a Igreja.
O novo ânimo dos homens
suscitado pelas línguas de Pentecostes fez que as barreiras antigas de cultura,
idioma e interesses já não sejam empecilhos a que todos na Igreja se sintam
irmãos, unidos num só ideal: amar e servir a Deus, o que é realmente reinar.
Pr. Dr. Adaylton Conceição de Almeida
(Th.B.;Th.M.Th.D.;D.Hu.)
O Pr. Dr. Adaylton de Almeida Conceição foi Missionário no
Amazonas e por mais de 20 anos exerceu seu ministério na Republica Argentina, é
Bacharel, Mestre e Doutor em Teologia, Escritor, Professor Universitário,
Doutor HC em Psicologia e em Humanidade, Diretor da Faculdade Teológica
Manancial e Professor do Seminário Teológico Kerigma.
Facebook:
Adayl Manancial
BIBLIOGRAFIA
- Adaylton de Almeida Conceição – Dispensações (Períodos Bíblicos)
- James Montgomery Boice Genesis: An Expositional Commentary.
- Josué Cândido da Silva - Da Torre de Babel a Chomsky
- Rodrigo Gomes – Episódio significativo da Torre de Babel
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado pelo seu comentário!
Sua participação dá solidez a esta proposta, no entanto preste atenção:
É EXPRESSAMENTE PROIBIDA A POSTAGEM DE COMENTÁRIOS DISCRIMINATÓRIOS, RACISTAS, QUE OFENDAM A IMAGEM OU A MORAL OU DESRESPEITEM A LEGISLAÇÃO EM VIGOR.
INFORMAMOS QUE O IP DE TODOS AQUELES QUE NÃO RESPEITAREM AS REGRAS DESTE BLOG, ESTÃO DISPONÍVEIS ATRAVÉS DOS SITES DE ESTATÍSTICAS, E SERÃO FORNECIDOS À JUSTIÇA, CASO SEJAM REQUISITADOS POR AUTORIDADE LEGAL.
Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema