Contrariando expectativas, Comissão de ética decidiu pela cassação
O Conselho de Ética da Câmara decidiu, nesta terça-feira (14), por 11 votos a 9 cassar o mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ). O processo vinha em tramitação desde outubro do ano passado. Trata-se do processo mais longo da história da comissão de ética da Câmara.
Ao contrário do que se especulava, os membros da bancada evangélica Marcos Rogério (DEM/RO) e Tia Eron (PRB/BA) não ficaram ao lado de Cunha, que também participava da Frente Parlamentar Evangélica.
Rogério, como relator, pediu a cassação e a Comissão estava dividida. Eron acabou dando o voto decisivo. O andamento do processo dividiu opiniões por conta da atuação decisiva de Cunha para que o pedido de impeachment fosse aceito e votado. Durante a votação de hoje, parlamentares levantaram cartazes que pediam “Fora, Cunha”, afirmando também que essa é “vitória da pressão popular”.
Encerrada essa fase, o pedido irá para votação em plenário, onde precisa ser aprovado em plenário por, no mínimo 257 dos 513 deputados. Contudo, existe a possibilidade de a defesa do presidente afastado da Câmara recorrer à Comissão de Constituição e Justiça, inquirindo sobre eventuais falhas na tramitação do caso.
O fator decisivo foi a comprovação que ele possuía contas no exterior e mentiu à CPI, ao afirmar que não tinha dinheiro não declarado fora do país. Desde 5 de maio ele está afastado do mandato, por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Na ocasião, os juízes afirmaram que Cunha utilizou o para tentar interferir nos processos contra ele, tanto na comissão de ética quanto na Justiça.
O relator afirmou não haver dúvidas sobre o caso: “[Cunha] Montou uma engenharia financeira no exterior para esconder patrimônio e o recebimento de propina. A pena de perda de mandato revela-se adequada, necessária e proporcional. Estamos diante do maior escândalo que este colegiado já julgou. Trata-se de uma trama para mascarar uma série de crimes”.
Essa semana o Banco Central aplicou uma multa de R$ 1 milhão por ele possuir recursos não declarados na Suíça.
Ao todo, existem oito denúncias contra Cunha, que se tornou réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no STF. Citado em diversas delações, ele é acusado de recebimento de propina de Furnas e contratos da Petrobrás. Eduardo Cunha nega irregularidades em todos os casos.
Com informações das agências via Gospel Prime
MEU COMENTÁRIO:
Ainda bem que os evangélicos votaram pela cassação. Nem dava para se pensar em ser diferente, pois estariam negando sua fé ao contrariarem os princípios do evangelho.
Por tudo que está acontecendo, menos ruim, menos vergonhoso!
MEU COMENTÁRIO:
Ainda bem que os evangélicos votaram pela cassação. Nem dava para se pensar em ser diferente, pois estariam negando sua fé ao contrariarem os princípios do evangelho.
Por tudo que está acontecendo, menos ruim, menos vergonhoso!
Caro pastor, Carlos Roberto Silva,
ResponderExcluirA aprovação de cassação do deputado Eduardo Cunha pelos evangélicos mostra que ainda pode haver, felizmente, político crente preocupado com a dignidade de sua condição. Isso nos faz crer em dias mais justos. Que Deus nos ajude a manter caminhos retos.
Parabéns aos dois parlamentares evangélicos pelo procedimento, debaixo de muita pressão.
ResponderExcluirProvavelmente, Feliciano votaria contra a cassação, pois Cunha é o seu malvado favorito. Já que é o malvado favorito, poderia ser também o bandido favorito.
E o Malafaia, será que ficou feliz com a decisão dos dois evangélicos mencionados?