Muito embora o Facebook seja conhecido por censurar contas vinculadas a cristãos e indivíduos ou de grupos politicamente conservadores, a plataforma está fazendo pouco para impedir organizações criminosas que dela se utilizam para lucrar com o tráfico sexual, disse o crítico de entretenimento Ted Baehr, do Movieguide.
A conexão entre o tráfico de pessoas e os cartéis de drogas nas redes sociais é um problema “gigantesco”, disse Baehr ao CBN News.
“Fui um dos membros fundadores do Conselho da National Coalition on Sexual Exploitation. É um problema cada vez maior, especialmente quando falamos sobre a repressão aos sites conservadores ou cristãos”, disse ele.
“Eles dizem no Facebook que, o custo de fazer negócios na África e no Oriente Médio está permitindo que todas essas diferentes empresas o utilizem, mas esses negócios são escravidão sexual. Essas empresas estão traficando.”
Funcionários do Facebook enviaram vários alertas a seus superiores, para informar sobre traficantes de seres humanos no Oriente Médio e grupos armados na Etiópia que estão usando a plataforma para o tráfico sexual e incitação à violência contra minorias étnicas, de acordo com documentos internos divulgados pelo The Wall Street Journal em relatório de uma investigação.
O Facebook foi informado de que um cartel de drogas mexicano estava usando a plataforma para recrutar, treinar e pagar assassinos, mas a empresa nada fez para impedir o cartel de postar tanto no Facebook ou no Instagram, é o que mostram os documentos.
“Qualquer dirá a você que está preocupado com essa questão, que há mais escravidão hoje do que em qualquer outra época, em termos de escravidão sexual", disse Baehr.
"Esses cartéis estão usando o Facebook, e os administradores da plataforma dizem: ‘Vamos resolver o problema’, mas na prática nunca abordam ou colocam o tema em pauta.”
Para o Facebook, o dano nos países em desenvolvimento é “apenas o custo de fazer negócios”, disse ao Journal Brian Boland, ex-vice-presidente do Facebook que supervisionou parcerias com provedores de internet na África e Ásia antes de renunciar no ano passado.
Os esforços de segurança do Facebook estão focados em mercados mais ricos com governos poderosos e instituições de mídia, acrescentou ele, observando que mais de 90% dos usuários mensais agora estão fora dos EUA e Canadá.
“Raramente há qualquer esforço significativo e orquestrado para investir no conserto dessas questões”, acrescentou.
Nos EUA, o Facebook e outras plataformas de mídia social usam a Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações, para se protegerem de ações judiciais sobre o que os usuários postam online.
Uma das cláusulas da Seção 230 afirma que, o que os usuários dizem ou escrevem online não é semelhante a um editor publicando uma mensagem. No entanto, a mesma cláusula que protege as plataformas online de responsabilidades é freqüentemente usada para banir pontos de vista conservadores.
Em 2018, o Facebook censurou e restringiu a campanha da candidata republicana ao Congresso, Elizabeth Heng, por colocar um anúncio em vídeo, considerando-o muito "chocante, desrespeitoso ou sensacionalista" porque apresentava seus pais imigrantes americanos que sobreviveram às brutalidades dos comunistas do Khmer Vermelho durante a Guerra Civil Cambojana.
Em 2017, uma mãe cristã disse que o Facebook censurou sua página, que foi suspensa por postagens sobre o que a Bíblia diz sobre o pecado da homossexualidade.
Point Rhema - Com informações: The Christian Post
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