quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Conselho Evangélico da Venezuela (CEV) se manifesta sobre benesses oferecidas por Maduro



Igrejas na Venezuela abrem mão da ajuda oferecida pelo governo de Nicolás Maduro - Veja aqui


Considerando a repercussão negativa gerada pela participação de pastores e líderes evangélicos em evento conduzido pelo governo do presidente ditador Nicolás Maduro, que comemorou o "Dia Nacional do Pastor Cristão Evangélico", e ofereceu ajuda às Igrejas Evangélicas, conforme publicamos AQUI, conheça na íntegra a Comunicação Oficial do CEV - Conselho Evangélico da Venezuela, a respeito do assunto. 


COMUNICAÇÃO CEV

Em resposta às preocupações sobre declarações feitas em um evento de igrejas particulares com funcionários públicos e líderes políticos.

"Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" (Lc 20,25).

Aos nossos afiliados, relacionados e a opinião pública

Saudamos as igrejas e o povo venezuelano em nome de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Tendo em vista as inquietudes dos afiliados e dos membros da sociedade em geral com relação ao evento intitulado: "Reunião para o Dia Nacional do Pastor Cristão Evangélico" com a presença do Executivo Nacional, que foi realizada nos últimos dias e onde foram geradas notícias e declarações referentes às Igrejas Evangélicas, que precisam ser esclarecidas pelas reações que recebemos, foi decidido oferecer as orientações pertinentes, às quais a Diretoria do Conselho Evangélico da Venezuela  (a seguir, CEV), de acordo com sua responsabilidade, procede a oferecer os seguintes esclarecimentos

1. Este esclarecimento serve para afirmar, como declaramos em comunicados anteriores, que "os evangélicos não têm um líder supremo ou um porta-voz oficial exclusivo, de modo que ninguém pode falar por todos os evangélicos, muito menos aqueles que são impostos por órgãos externos às próprias comunidades evangélicas". "Falamos por nós mesmos, e no nosso caso como voz das organizações representativas dos evangélicos que fazem parte do Conselho Evangélico da Venezuela". Devido à declaração acima, não estivemos representados no evento na quinta-feira, 19 de janeiro deste ano.

2. Desde a criação do "Dia Nacional do Pastor e da Pastora Evangélica Cristã", de acordo com o Decreto Presidencial nº 4033 e publicado no Diário Oficial nº 41.775 de 5 de dezembro de 2019, o CEV tem manifestado sua posição sobre o assunto, fazendo saber que a criação deste dia se deve a uma ação política partidária. Além disso, em relação à celebração do "Dia Nacional do Pastor Cristão Evangélico" ou outro feriado religioso, o CEV reconhece o poder de cada denominação ou confissão incorporada a seus membros (e não do governo) para decidir qual feriado religioso celebrar ou não, e no caso disso, ou não o celebram, ou o fazem nas datas de sua preferência, já que é um assunto natural e próprio de cada organização, conselho ou igreja evangélica independente.

3. Observamos o forte componente político-partidário nos anúncios feitos na última quinta-feira 19, como aconteceu em 2017 (antes das eleições) quando ofertas de bônus, a criação de uma universidade, e outras promessas foram feitas, e também expressamos nossa opinião sobre elas. Atualmente, com relação aos anúncios que foram feitos sobre o equipamento das igrejas para seus cultos, afirmamos mais uma vez que somos coerentes com o princípio de separação entre Igreja e Estado e, neste sentido, acreditamos que os fundos públicos não devem estar disponíveis para o avanço de determinados credos religiosos ou ideológicos. Os impostos dos venezuelanos devem estar a serviço de todos em geral e não de setores particulares.

4. Com relação à recente visibilidade de funcionários públicos ou líderes de partidos políticos em eventos cristãos, afirmamos que a razão de ser de tais eventos é para o culto a Deus e para dar testemunho da fé, e por isso nos opomos à colocação de atividades de culto a serviço da visibilidade de funcionários públicos ou representantes de partidos. Eles podem atendê-los, mas não devem ser apresentados em plataformas religiosas, muito menos em pré-eleições ou outras circunstâncias que prejudiquem de alguma forma a boa-fé do público.

5. O CEV participa de diálogos e coordenação em cooperação com os atores governamentais, civis e outros, quando se trata de causas de interesse coletivo para a população, tais como a Prevenção de Riscos e Gestão de Mitigação perante a COVID-19, a geração de programas de assistência social realizados sob os pressupostos do imperativo humanitário, ou outros. Tudo isso, adotando um perfil muito baixo perante a mídia e a informação, evitando ações públicas que poderiam ser percebidas ou confundidas com afinidades político-partidárias (já que o CEV não tem nenhuma) para não afetar negativamente a gestão em favor da população.

6. Os eventos religiosos em que o CEV participa não devem ser financiados pelo erário público, pois supomos que não devem ser usados para promover qualquer credo político ou religioso.

7. Se os membros do CEV aplicassem fundos para serem implementadores de programas estritamente sociais, teríamos que conhecer a legitimidade do uso dos fundos, os mecanismos para a seleção imparcial dos implementadores e as garantias para a execução auditável do que foi feito, e sem tais elementos não recomendamos a participação de nossas afiliados.

8. O CEV não fez e não fará solicitações de fundos administrados por órgãos governamentais para cobrir despesas de construção de igrejas, realização de eventos religiosos, ou para a compra de suprimentos eclesiásticos, já que esta é a responsabilidade dos fiéis das igrejas e da administração de seus doadores, e assumimos que isto deve se aplicar a qualquer outra instituição religiosa.

9. Desde o CEV também afirmamos: "...Cristãos de diferentes lados do espectro político cometeram o erro de politizar a fé... ou se tornaram vítimas do populismo daqueles que buscam a igreja em épocas eleitorais ou tentam comprar sua simpatia. É por isso que devemos ressaltar que de qualquer motivo, ou de qualquer lado que venha, uma fé politizada é desleal, tola e desastrosa para a igreja; e desastrosa para as razões cristãs, em vez de constitucionais, em primeiro lugar. A politização da fé nunca será um símbolo de força, mas de fraqueza". O ditado é sábio: "A primeira coisa a dizer sobre política é que a política não vem em primeiro lugar. A alma evangélica não está à venda. Já foi comprado com um preço infinito".

10. Nossa oração nestes tempos de dificuldades econômicas indescritíveis acompanha a família venezuelana, as crianças desprotegidas ou desnutridas, assim como as mais vulneráveis. Nossa exortação aos que detêm a autoridade civil é que cumpram seu dever em favor de todos os venezuelanos sem distinção.

Deus abençoe o povo da Venezuela.

Em Caracas, no dia vinte e um de janeiro do ano de dois mil e vinte e três.

Pela diretoria do CEV, assinam,

Pastor César Mermejo/ Presidente.
Pastor José G. Piñero/ 1º Vice-Presidente.
Pastor Juan Maraver/ 2º Vice-Presidente. 
María Teresa Amaríscua/ Secretária de Finanças. 
Pastor Nelson Sevilla/ Secretário. 
Pastor Álvaro Rea/ Vocal.

Tradução: Pr. José Tomás - Venezuela






Em Espanhol:


 

COMUNICADO CEV
Ante inquietudes por declaraciones en evento de iglesias particulares con funcionarios públicos y líderes políticos


“…Dad al Cesar lo que es del Cesar y a Dios lo que es de Dios” (Lucas 20:25).

A nuestros afiliados, relacionados y a la opinión pública.

Saludamos a las iglesias y al pueblo venezolano en el nombre de nuestro Señor y Salvador
Jesucristo.

Conocidas las inquietudes de afiliados y actores de la sociedad en general respecto al evento denominado: “Encuentro por el Día Nacional de la Pastora y del Pastor Cristiano Evangélico” con presencia del Ejecutivo Nacional, que se realizara en días recientes y donde se generaron noticias y declaraciones referidas a las Iglesias Evangélicas, las cuales requieren ser aclaradas por las reacciones que hemos recibido, se ha decidido ofrecer la pertinente orientación, ante lo cual la Junta Directiva del Consejo Evangélico de Venezuela (en lo sucesivo CEV) acorde con su responsabilidad procede a ofrecer las siguientes aclaraciones:


1. Sirva la presente aclaratoria para afirmar, lo mismo que hemos señalado en otros comunicados previos, donde afirmamos: “Los evangélicos no tenemos un líder supremo o un portavoz oficial exclusivo, de manera que nadie puede hablar por todos los evangélicos y mucho menos aquellos que llegan a ser impuestos por instancias externas a las propias comunidades evangélicas. Hablamos por nosotros mismos, y en nuestro caso como voz de las organizaciones representativas de los evangélicos que formamos parte del Consejo Evangélico de Venezuela”. Por la declaración anterior no estamos representados en el evento del pasado jueves 19 de enero del corriente año.


2. Desde el establecimiento del “Día Nacional de la Pastora y del Pastor Cristiano Evangélico”, según Decreto Presidencial No 4033 y publicado en Gaceta Oficial No 41.775 del 05 de diciembre de 2019, el CEV ha fijado su posición al respecto dejando saber que la creación de este día obedece a una acción político partidista. En adición, respecto a la celebración del “Día Nacional de la Pastora y del Pastor Cristiano Evangélico” u otra efeméride religiosa, el CEV reconoce la potestad en cada denominación o confesión incorporada a su membresía (y no del gobierno) para decidir qué efeméride religiosa celebrar o no, y en el caso de esta, o bien no la celebran, o lo hacen en las fechas de su preferencia, ya que es tema propio y natural para cada organización, concilio o iglesia evangélica independiente.


3. Observamos el fuerte componente político-partidista en los anuncios realizados el jueves 19 pasado tal como ocurrió en el año 2017 (previo a la realización de elecciones) cuando se hicieron ofrecimientos de bonos, creación de una universidad, y otras promesas y ante lo cual también nos pronunciamos. En la actualidad, respecto a los anuncios que se hicieran acerca de equipamiento de iglesias para sus cultos, afirmamos una vez más que somos consecuentes con el principio de separación Iglesia-Estado, y en este sentido creemos que los fondos públicos no deben estar a disposición del avance de credos religiosos o ideológicos particulares. Los impuestos de los venezolanos deben estar al servicio de todos en general y no de sectores particulares.


4. Respecto a las recientes visibilizaciones de funcionarios públicos o dirigentes de partidos políticos en eventos cristianos, afirmamos que la razón de ser de dichos eventos se realiza para la adoración a Dios y para dar testimonio de la fe, por ello nos oponemos a que las actividades de culto se coloquen al servicio de la visibilización de funcionarios públicos o representantes de partidos. Ellos pueden asistir a los mismos, más no deben ser presentados en las plataformas religiosas, y menos en circunstancias pre-electorales o en otras circunstancias que menoscabe la buena fe de la audiencia en alguna forma.


5. El CEV, si participa en diálogos y coordinaciones en cooperación con actores gubernamentales, civiles, u otros, cuando se trata de causas de interés colectivo para la población, tales como las Gestiones para la Prevención y Mitigación de Riesgos ante la COVID-19, la generación de programas de asistencia social realizado bajo los presupuestos del imperativo humanitario, u otros. Todo ello adoptando un muy bajo perfil ante los medios de comunicación e información, evitando las actuaciones públicas que puedan percibirse o confundirse con afinidades de carácter político-partidista (dado que el CEV no tiene ninguna) para que no se afecte negativamente la gestión en favor de la población.


6. Los eventos religiosos en los que participa el CEV no deben estar financiados con el erario público, dado que asumimos que estos no deben emplearse para el avance de ningún credo político o religioso.


7. Si los miembros del CEV aplicaran a la obtención de fondos para ser implementadores de programas estrictamente sociales, se habría de conocer la legitimidad del uso de los fondos, los mecanismos que sirvieran para la selección imparcial de implementadores, y las garantías para una ejecución auditable de lo realizado, y sin tales elementos no recomendamos la participación a nuestros afiliados.


8. El CEV no ha hecho ni hará solicitudes para que a través de fondos manejados por entes gubernamentales se cubran gastos para construcción templos, realización de eventos religiosos, o para la adquisición de implementos para los cultos dado que ello corresponde como responsabilidad a los fieles de las iglesias y la gestión de sus donantes, y asumimos que esto debería aplicar a cualquier otra institución religiosa.


9. Afirmamos que más que preocuparnos en solicitar la construcción y/o equipamiento de nuestros templos nuestras oraciones acompañan al clamor ciudadano por el equipamiento de hospitales, escuelas, ajustes salariales a docentes, médicos, entre otros, y demás asuntos que urgen como temas de prioridad para el bien de la población venezolana.


10. Desde el CEV también hemos afirmado: “…los cristianos de distintos lados del espectro político, han cometido el error de politizar la fe…o se hacen víctimas de los populismos de quienes buscan a la iglesia en temporadas electorales o pretenden comprar su simpatía. Por eso debemos señalar que de cualquier motivo, o lado que venga, una fe politizada es desleal, necia y desastrosa para la iglesia; y en primer lugar desastrosa por razones cristianas, antes que constitucionales. La politización de la fe nunca será un símbolo de fuerza sino de debilidad. El dicho es sabio: “Lo primero que debemos decir acerca de la política es que la política no es lo primero”. El alma evangélica no está en venta. Ya fue comprada con un precio infinito”.


11. Nuestra oración en estos momentos de inenarrable dificultad económica acompaña a la familia venezolana, la niñez desprotegida o desnutrida, así como los más vulnerables. Nuestra exhortación a quienes detentan autoridad civil es que cumplan su deber a favor de todos los venezolanos sin distinción.


Dios bendiga al pueblo de Venezuela.

Por la Directiva del CEV, firman,

Pastor César Mermejo/ Presidente.
Pastor José G. Piñero/ 1º Vicepresidente.
Pastor Juan Maraver/ 2º Vicepresidente.
Lcda. María Teresa Amaríscua/Sectretaria de Finanzas.
Pastor Nelson Sevilla/ Secretario.
Pastor Alvaro Rea/ Vocal.

En Caracas, a los veintiún días del mes de enero del año del Señor dos mil veintitrés.







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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema

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