Registro os agradecimentos do POINT RHEMA à colaboração enviada pelo irmão em Cristo e amigo de longa data, Pb. ALÍPIO FERNANDES, meu ex aluno na Escola Biblica Dominical, quando ainda muito jovem em Cubatão.
Pr. Carlos Roberto Silva
Sabe-se que toda tradução é naturalmente interpretativa e hermenêutica, ou seja, está sempre submetida aos conceitos e ponto de vista do tradutor.
Há os que sustentam uma “imparcialidade” ou “neutralidade” em traduções, porém, cientificamente, sabe-se que a “neutralidade” é um mito.
O tradutor pode tender à “imparcialidade”, porém sempre há algo de sua individualidade e subjetividade que estarão presentes em sua produção textual.
Nesta mesma linha, há o mito da “tradução Fiel”, que é tratar a tradução como uma reprodução literal e precisa da fonte primária. Em outras palavras, uma tradução da Bíblia em português (ou qualquer outra língua) que se diga 100% fiel às fontes originais.
O ideal de uma “tradução fiel” é uma impossibilidade técnica. Não há como fazer uma tradução que reproduza fielmente, em todos os aspectos, o que o autor quis dizer.
É óbvio, que o sentido de um texto só pode ser entendido em todas as suas dimensões de significado, quando inserido em sua língua e contexto originais.
Ao passar este significado ou sentido para uma outra língua, há perdas, limitações naturais que ocorrem pelo simples fato de ser uma tradução.
Existem subjetividades de ordem cultural que precisam ser levadas em conta. Há estruturas que são peculiares de uma língua específica.
A exemplo de hebraísmos, rimas, jogos de palavras, expressões e até mesmo codificações que só fazem sentido na língua original, por isso, simplesmente é impossível reproduzir-las em sua totalidade em uma tradução.
Como já fora introduzido, a tradução também corre o risco de ser ideológica, ou seja, de carregar consigo a tendência ou pressupostos teológicos e filosóficos do tradutor.
Por isto, o leitor deve ter clareza:
Ao ler uma Bíblia traduzida, não está lendo a Palavra de Deus de uma forma direta, mas transmitida por uma tradução suscetível à interferência do tradutor.
A palavra de Deus, nos foi transmitida em língua oriental, no caso das Escrituras judaicas, a língua hebraica (com alguns trechos em aramaico).
O leitor deve ter extremo cuidado para não cair em uma excessiva sacramentalização da tradução, ou seja, uma supervalorização, canônica da tradução, pois ela é uma “reprodução” sujeita à ruídos e interferências.
Sendo assim, a Bíblia traduzida seja por quem for, sempre será uma versão vulnerável a pontos de vistas e imperfeições. Somente os originais podem ser tratados como textos realmente canônicos e realmente inspirados. Estes sim são a “Fonte Primária”
Por isto, não existem traduções perfeitas, ou uma que possa ser considerada a melhor.
Existem boas traduções da Bíblia publicadas por editoras protestantes, católicas e judaicas (no caso por exemplo do Tanach), porém, estão todas suscetíveis à criticas e às mesmas vulnerabilidade textuais que já foram mencionadas.
Deve-se deixar claro por outro lado, que nenhuma tradução é desprezível, a maioria das produções sérias, como as versões clássicas (ARA, ARC, KJV, etc), são trabalhos de profunda importância intelectual e espiritual.
As traduções introduzem as pessoas aos originais, que lhes permitiu terem seus primeiros contatos com as Escrituras Sagradas em vernáculo conhecido.
Isto é de grande valor!
As limitaçõeas de uma tradução da Bíblia, não a colocam em categoria desprezível.
Toda tradução tem seu valor, o que não anula obviamente, suas limitações.
Abraços tamanho família.
Alípio Fernandes
Abraços tamanho família.
Alípio Fernandes
-Presbítero da Igreja Ev. Assembléia de Deus
-Professor de Teologia em várias Instituições Teológicas no Grande ABC e na Grande São Paulo
Pr. Carlos,
ResponderExcluirA "briga" das editoras da Bíblia no mundo se resume em desvalorizar a outra, procurando suas imperfeições e dificuldades linguísticas. Infelizmente, o comércio e o interesse financeiro muitas vezes fala mais alto nestas questões. Parabéns ao Presb. Alípio pelo artigo, despojado de paixões e totalmente equilibrado.
http://nooticiascristas.blogspot.com
Prezados Irmãos Pastor Carlos e Pb Alípio
ResponderExcluirRecentemente, 13 de fevereiro, estive participando de um fórum onde entrei neste assunto das traduções.
Lembrei do cuidado que devemos tomar sobre o aspecto de que as versões não serem as Escrituras Sagradas de fato.
Acredito que muitas idéias sobre a fé, no que se refere a diversos assuntos do meio cristão-evangélico, estão firmadas em conceitos de traduções bíblicas e não nos originais das Escrituras Sagradas.
Disse sobre a necessidade, de se meditar além da nossa amada tradução de João Ferreira de Almeida. É importante!
Devemos crer no irmão João Ferreira de Almeida como alguém que criou uma tradução inerrante e infalível? Não!
Em novembro de 2007 eu tive a grata oportunidade de trocar postagens com o Pr Esdras Costa Bentho. Ele é pastor assembleiano ligado à CGADB, é reconhecido por ater-se aos sentidos originais da Escrituras Sagradas. É pedagogo, professor universitário, redator das Lições de Jovens e Adultos da CPAD, teólogo, escritor. É autor de alguns livros importantes sobre teologia: Hermenêutica Contextual; Hermenêutica Fácil e Descomplicada.
O nosso assunto foi prosperidade. E está tudo registrado no meu blog.
Levantei a questão dos sentidos etmológicos para os termos "PAZ" e "SALVAÇÃO" nos idiomas dos originais dos livros e cartas bíblicas, o hebraico, o aramaico e o grego.
O que significam? Entre outros significados, significam exatamente PROSPERIDADE!
Será que os crentes devem recusar a prosperidade (salvação)? Será que devemos dizer não à prosperidade (paz)? Será que estamos pecando em dizer "paz do Senhor”?
Confiram a troca de idéias e conceitos sobre os originais das Escrituras:
■ Prosperidade - Os Teológos na Minha Estante e os Teólogos na Blogosfera – (a pergunta)
http://belverede.blogspot.com/2007/11/prosperidade-os-telogos-na-minha.html
■ Prosperidade – Os Teólogos na Minha Estante e os Teólogos na Blogosfera – (a resposta)
http://belverede.blogspot.com/2007/11/prosperidade-os-teologos-da-minha.html
Da minha parte eu creio que Deus, sendo o dono do ouro e da prata, não é mesquinho e avarento, Ele não quer legiões de adoradores miseráveis.
Deus reparte bênçãos com quem sabe repartir.
Terminando, quero esclarecer que usei o assunto PROSPERIDADE aqui apenas como um exemplo para a questão das traduções. Mas, infelizmente, existem outros assuntos mais, que ao longo dos anos ficaram apequenados, biblicamente, quanto ao sentido amplo dos originais.
Abraço.
Querido pastor Carlos,
ResponderExcluirMuito bom o texto do presbítero Alípio Fernandes.
Permita-me aproveitar a oportunidade para também elogiar os bons textos publicados em seu blog.
Estamos todos de parabéns.
Que o Senhor lhe abençoe ricamente neste ano de 2008.
"Os teus mandamentos são maravilhosos, e por isso os cumpro de todo o coração. A explicação da tua palavra traz luz e dá sabedoria às pessoas simples" Salmo 119:129-130.
Caro amigo pastor Carlos Roberto:
ResponderExcluirO presbítero Alípio, de forma simples, mas segura, levantou uma questão que interessa a todos os amantes da Palavra de Deus. Até onde as traduções refletem fielmente os originais? É óbvio que, aqui, o tema vai muito longe e não se esgota em poucas linhas.
No entanto, a síntese que ele fez é bastante clara: toda tradução ou versão sovre os efeitos da limitação da própria tradução em si mesma, que lida com expressões idiomáticas, elementos culturais expressas de forma bastante peculiar nos originais, linguagem poética etc.
No entanto, para quem não tem acesso aos originais, uma boa comparação de traduções e versões é um bom caminho para se buscar um balizamento que reflita o máximo possível o que o autor quis dizer com o seu texto. Essa é, de fato, a grande pergunta que da início à exegese: o que o escritor tinha em mente quando escreveu dessa forma?
Ou seja, é um trabalho árduo, meticuloso e de elevada responsabilidade, que precisa ser feito no temor do Senhor.
Abraços.
Prezado Partor Carlos,
ResponderExcluirLi a matéria sobre as versões da Bíblia em seu blog, confesso que fiquei bastate preocupado com o posicionamento pouco preocupado como o autor tratou o assunto.
Não entendo que devamos encarar as escrituras (nossas Bíblias) como a simples tradução do original para a nossa língua e esta sendo "pobre" para expressar a verdadeira vontade de Deus.
Não creio que Deus transmitiria sua vontade para o povo de Israel, deixando as demais nações a mercê de interpretações, por ausência ou impossibilidade de tradução fiel do idioma original.
Posso estar enganado.
Por isto, gostaria de sua opinião mais consistente.
Caro amigo,
ResponderExcluirA Paz do Senhor!
à guisa de esclarecimento das dúvidas que possam ter pairado, partindo deste post, passo a esclarecer:
Todos sabemos da indagação que surge, a partir das diversas traduções e versões das Sagradas Escrituras, isso sem falar das questões envolvendo os comentários das diversas Bíblias de Estudo.
A Palavra de Deus registrada na Bíblia Sagrada, de modo geral não registra contradições pilares, porém, exatamente pelos motivos expostos pelo Pb. Alípio em seu artigo aqui postado, temos sim pequenas divergências em algumas situações que, de um modo geral considero secundárias, as quais não invalidam o todo.
Em geral, essas diferenças são muito mais detectadas, ressaltadas e discutidas por teólogos e estudiosos.
É lógico que, o Pb. Alípio na condição de professor de teologia em várias intituiçoes de ensino, com certeza deve lidar no seu dia a dia, com indagações de alunos a esse respeito, o que o motivou a escrever o referido artigo.
Se for analisado com cautela, veremos que o artigo supracitado, considera o motivo das diferenças como questões naturais e entende que as diversas traduções findam por se completar.
Juristas costumam ler diversos comentários e interpretações de uma mesma lei, para que formem seu próprio juizo a respeito do assunto.
Em nosso caso, desde que essas divergências não removam os princípios ou alicerces já colocados, e não coloquem em risco o princípio da nossa salvação e da vida eterna, não há problema que o Espírito Santo não traga cabal elucidação.
Como bem disse o Pb. Alípio, é importante que aqueles que estudam, ensinam e principalmente os pregadores, se familiarizem com essas questões, procurem conhecer as diversas traduções, no sentido de que tenham a melhor exegese dos textos, elucidando assim qualquer dúvida de seus ouvintes.
No amor do Mestre
Pr. Carlos Roberto
Não acredito que li isso no blog Point Rhema, O Blog da Palavra. Não é possível.
ResponderExcluir"...sabe-se que a “neutralidade” é um mito." Até na Palavra de Deus?
"Não há como fazer uma tradução que reproduza fielmente, em todos os aspectos, o que o autor quis dizer." Meu Deus, não acredito que li isso e muito menos que o Pr Geremias do Couto concordou com isso.
"Ao ler uma Bíblia traduzida, não está lendo a Palavra de Deus de uma forma direta, mas transmitida por uma tradução suscetível à interferência do tradutor." Então eu fui enganado esse tempo todo? E quantas pessoas estão sendo enganadas?
"O leitor deve ter extremo cuidado para não cair em uma excessiva sacramentalização da tradução, ou seja, uma supervalorização, canônica da tradução, pois ela é uma “reprodução” sujeita à ruídos e interferências." Em que confiar, então?
"Sendo assim, a Bíblia traduzida seja por quem for, sempre será uma versão vulnerável a pontos de vistas e imperfeições. Somente os originais podem ser tratados como textos realmente canônicos e realmente inspirados. Estes sim são a “Fonte Primária”" Entendi, então a bíblia que temos não é de confiança. Se "somente os originais podem ser tratados como textos realmente inspirados" não podemos ter certeza de nada em relação a bíblia que temos.
"Deve-se deixar claro por outro lado, que nenhuma tradução é desprezível, a maioria das produções sérias, como as versões clássicas (ARA, ARC, KJV, etc), são trabalhos de profunda importância intelectual e espiritual." Certo, "de profunda importância intelectual e espíritual" mas nunca a Palavra de Deus.
"Toda tradução tem seu valor, o que não anula obviamente, suas limitações." É verdade, Inclusive a Tradução do Novo Mundo.
A verdade é que a Palavra de Deus "é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus 4 : 12)
Francamente.
A Paz do Sehor, pastor Carlos, estou sentindo sua falta no Geração Que Lamba pois nunca mais vi sua presença lá. Também peço desculpas por te me asentado um de comentar aqui.
ResponderExcluirPastor, infelizmente(ou felizmente) não oncordo com o presbítero Alípo, pelo seguinte motivo e por príncípios de tradução.
è verdade que nenhuma tradução é pereita, mas certamene existem as melhores e muito(mas muito mesmo) mais perto do original.
Talvez o presbítero esteja se referindo A "Almeida Corigida Fiel", que busca ser fiel ao texto original grego da reforma(receptus) e também à tradução de Almeida.
O grande problema das traduções modernas é o princípio utilizado, que é o de equivalência dinâmica, que não prima por uma tradução mais literal, e sim por uma paráfrase.
Ou seja, A linguagem fica mais fácil, todavia você entende o que o tradutor quer que você entenda. esse método foi criado pelo padre Eugene Nilda, que é o ph'deus das sociedades bíblicas modernas.
Outro fator importante é que as novas traduções utilizam um texto grego extremamente corrompido do novo testamento, que só no evangelho se contradizem mais de 3.000 vezes.
Eu tinha prometido ao blogueiros Ednaldo qe escreveria mais sobre isso em um artigo. Fico devendo para o senhor também. Espero sempre contar com sua amizade e companheirismo na vida cristã.
Abraços pastor Carlos e Paz do Senhor!!!
Olá, a Paz do Senhor a todos.
ResponderExcluirMe perdoem se estiver errado, mas creio que esse artigo é uma crítica a versão ACF-Almeida revista e Corrigida Fiel ao Texto Original, editada pela Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, e àqueles que defendem o seu uso.
Se for isso passo a comentar, se não desconsiderem este comentário.
De forma nenhuma a SBTB defende a "sacramentalização" de sua tradução, até onde eu sei o que é defendido é o texto grego utilizado por ela, ou seja o Textus Receptus, o qual por suas muitas testemunhas textuais se mostra o mais fiel aos autográfos escritos pelos apóstolos.
Diferente do texto grego utilizado por outras sociedades bíblicas que utilizam o texto editado pela UBS, que é um texto montado baseado em diferente variantes textuais, que diferem muito entre si. E que foram utilizados apenas porque dizem serem os mais antigos textos preservados.
Texto esse diga-se de passagem é fruto do criticismo textual do inicio do século 19, ou seja até o final do século 18 esse texto simplesmente NÃO EXISTIA, foi feito como uma colcha de retalhos as quais o critico montou da forma como ele acho melhor.
Nem todos podemos ser eruditos em grego e hebraico para consultarmos os originais, por isso uma boa tradução é importante. Vemos isso, como disse o irmão Josélio, no que diz respeito a Tradução do Novo Mundo das Escrituras usada pelos TJs.
A questão, a meu ver, não são as traduções mais fieis, pois ao contrario do que disse o irmão Eliseu, o ponto crucial está exatamente nos textos originais utilizados para se fazer a tradução.
Causa própria: Prefiro a ACF não porque a considero uma tradução sagrada, mas porque creio que o texto grego utilizado por ela é o mais fiel aos autografos.
Em Cristo,
Ednaldo.
PS: Victor estou esperando o artigo.
Ednaldo disse...
ResponderExcluir"Causa própria: Prefiro a ACF não porque a considero uma tradução sagrada, mas porque creio que o texto grego utilizado por ela é o mais fiel aos autografos."
Assino embaixo.
Diante do que foi escrito no artigo "O Mito da Tradução Fiel, pergunto:
A bíblia que temos hoje no Brasil ela é a Palvra de Deus? Ou contém a Palavra de Deus?
Faço minhas, pedindo licença ao Pr. Geremias do Couto, as sua palavras.
ResponderExcluirGostaria de acrescentar que dois elemento são extremamente importantes na questão que envolve as limitações de uma tradução:
1. A necessidade de análise técnica e exegética acerca da tradução;
2. a necessidade de crer que o Deus que inspirou os autográfos, preservou as cópias, orientou o processo de formação do cânon sagrado, é o mesmo que trabalha na vida de tradutores piedosos e que nos guia por seu Santo Espírito na percepção daquilo que é a Sua verdade.
Paz do Senhor!
Disse em meu breve comentário que o tema vai muito longe e não se esgota em poucas linhas. A prova disso são os comentários aqui postados. Assim, não será em alguns poucos parágrafos que poderemos tratar a questão a fundo.
ResponderExcluirNo entanto, cabe de minha parte alguns esclarecimentos, sem qualquer aprofundamento crítico por não caber neste espaço.
1. Creio na inspiração divina e plenária da Bíblia e acredito que uma boa tradução busca refletir essa inspiração em suas páginas;
2. Creio que as traduções e versões, à exceção daquelas que propositalmente interpolam o texto bíblico, como, por exemplo, a tradução do Novo Mundo, são produzidas no intuito de refletir essa inspiração e manter viva e atual a mesma mensagem dos tempos bíblicos;
Dito isso, reafirmo de maneira bastante primária e superficial que traduzir um texto bíblico é um trabalho complexo, árduo e com as limitações naturais da própria tradução. É sob essa perspectiva que entendi o comentário do presbítero Alípio. Negar isso é desconhecer a semântica, as injunções culturais, históricas e da própria linguagem.
Apenas para exemplificar uma dessas limitações, algumas boas traduções traduzem Paulo em Gálatas 5.12 da seguinte forma: "Eu quereria que fossem cortados aqueles que vos andam inquietando".
Por terem os tradutores, nesse caso, optado por uma linguagem eufemística, esse texto já foi largamente utilizado para justificar a exclusão de membros da igreja. Cortar, aqui, seria então excluir.
Mas o que Paulo quis dizer exatamente: a Atualizada assim traduz: "Oxalá se mutilassem aqueles que vos andam inquietando". Já a nova King James em português diz: "Quem me dera se castrassem àqueles que vos estão confundindo". Ou seja, aqueles que ensinavam a circuncisão deveriam castrar-se a si próprios!
Essas traduções trouxeram clareza a um texto até então obscuro para os leigos e que muito provavelmente tenha sido traduzido daquela forma para não "ofender" as pessoas com uma linguagem mais forte, numa época em que as pessoas tinham muito pudor diante de certas expressões. O que quero dizer com isso é que essas limitações sempre existiram e sempre existirão, e que as traduções sofrem, sim, a influência de quem está traduzindo, gostemos disso ou não.
Por outro lado, sou adepto da chamada tradução palavra por palavra (ou literal), no entanto há passagens onde não há como fugir da equivalência dinâmica, porque se o texto for traduzido literalmente ele não fará nenhum sentido em nosso idioma. E aqui pode haver a "interferëncia" do tradutor com uma equivalência mais "impactante" (para usar uma palavra da moda), ou com outra que não expresse de fato o sentido bíblico.
Poderia citar vários exemplos bíblicos, mas me reservo de fazê-lo para não me alongar mais do que já me alonguei.
Todavia, proponho um exercício inverso. Imagine que alguém, daqui a dois mil anos, tivesse de traduzir para outro idioma as seguintes expressões em Português, caso a tradução literal não fizesse sentido:
"Hoje tenho mil uma coisas para fazer".
"Hoje não atendo telefone nem que chova canivete".
"Ele riu a bandeiras despregadas".
"Vou pisar fundo no acelerador".
"Ele mora lá onde o Judas perdeu as botas".
"Não se preocupe em demasia. É só para inglês ver!"
Se hoje essas expressões já exigem equivalência, e não tradução literal, imagine daqui a dois mil anos! Em outras palavras, uma boa tradução é fruto do equilíbrio desses dois métodos: palavra por palavra e equivalência dinâmica.
Assim, não vamos "cair de pau" (como é que você traduziria isso?) em cima do irmão Alípio, mas entender o que ele disse dentro do contexto em que ele disse.
Por fim, repito o que afirmei em meu penúltimo parágrafo do comentário anterior:
"No entanto, para quem não tem acesso aos originais, uma boa comparação de traduções e versões é um bom caminho para se buscar um balizamento que reflita o máximo possível o que o autor quis dizer com o seu texto. Essa é, de fato, a grande pergunta que da início à exegese: o que o escritor tinha em mente quando escreveu dessa forma?"
Espero que me entendam.
Ah... Sou de um tempo, que não está muito longe, em que Bíblia inspirada tinha de ter a capa preta!
ola amigo, com o objetivo de propagar conteudo de qualidade na net venho fazer um convite a fazer nos uma visita e se gostar do conteudo peçoa a ajuda do amigo a colocar nosso link em seu blog você será bem vindo. estamos lhe esperando
ResponderExcluirCaro amigo mensageiro,
ResponderExcluirDeixe o seu endereço para que possamos visitá-lo.
Pr. Carlos Roberto
A paz do SENHOR pastor,infelizmente
ResponderExcluirñ consigo entender algumas coisas da teologia como eese assunto postado mais acho bem interessante pretendo aprender,"parabésns pelo nível"e fique na paz.
Pastor peguei algumas coisas do seu blog que me interessaram,e logo mais colocarei assuntos meus,estou sempre de olho nas mensagens edificantes postada em seu blog...fique na pa1!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirRODRIGO OLIVEIRA
caros irmãos, para um bom aprofundamento do assunto, recomendo dois livros a disposição na internet absolutamente legais:
ResponderExcluir"Qual o texto original do Novo testamento?" de Wilbur Pickering e "The King James Version Defended"
de Edward Hills.
Esse assunto é de importância singular. Há muitos "demonizando" algumas traduções contemporâneas, como até estratégias da Nova Era. É claro que devemos ter cuidado com as traduções e quebrar o mito da tradução fiel.
ResponderExcluirOBS: Foi muito bom conhecer o irmão pessoalmente no Projeto Minha Esperança, espero vê-lo mais vezes.
Gutierres Siqueira
www.teologiapentecostal.blogspot.com