quinta-feira, 22 de março de 2018

Mark Zuckerberg reconhece responsabilidade do Facebook e admite erros


O presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, rompeu o silêncio nessa quarta-feira (21) sobre o escândalo do uso de dados pessoais em sua rede social, assegurando que a companhia cometeu "erros" e deve fazer mais para resolver o problema.
"Temos a responsabilidade de proteger seus dados e se não pudemos, não merecemos servi-los", escreveu em seu mural Zuckerberg no primeiro que fez após o escândalo vir à tona.
"As medidas mais importantes para isto não ocorrer de novo foram tomadas há anos, mas também cometemos erros e há mais por fazer", acrescentou.
Zuckerberg se disse "responsável do que acontece" no Facebook e prometeu oferecer aos usuários uma melhor utilização de seus dados pessoais.
Em outra entrevista, concedida à CNN, Zuckerberg reconheceu que ocorreu "um abuso de confiança muito grave". "Nossa responsabilidade é a de evitar que isto volte a acontecer".
Sua chefe de operações (COO), Sheryl Sandberg, ecoou os comentários de Zuckerberg. "Sabemos que isso foi uma grande violação à confiança das pessoas e sinto muitíssimo que não tenhamos feito mais para lidar com isso", lamentou em comunicado.
O Facebook está no meio de uma tempestade, depois que a empresa de análise de dados Cambridge Analytica (CA) foi acusada de ter obtido sem consentimento dados de 50 milhões de usuários para elaborar um programa que permite prever a votação dos eleitores, com o qual influenciou a campanha presidencial de Donald Trump em 2016.
A rede ABC informou que o procurador especial Robert Mueller, que investiga se houve conluio entre Rússia e a equipe de campanha de Trump, revisa o papel da CA nas eleições
Citando fontes anônimas, a ABC afirmou que vários especialistas digitais que trabalharam para a campanha de Trump se reuniram a portas fechadas com a equipe do procurador.
A CA argumenta que não usou a informação do Facebook na campanha.
O psicólogo que desenvolveu o aplicativo que serviu à Cambridge Analytica para obter os dados dos usuários para fins eleitorais disse nesta quarta-feira que o mesmo era legal e se ajustava aos termos de uso.
Aleksandr Kogan, professor de psicologia da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, lamentou, em declarações à BBC, que tanto o Facebook quanto a Cambridge Analytica o estejam usando como "bode expiatório", ao culpá-lo de uso ilegal de dados pessoais.
"Minha opinião é que estou sendo usado basicamente como bode expiatório", defendeu-se Kogan, no centro de um escândalo que custou ao Facebook uma desvalorização de 7% na bolsa de Nova York em três dias – nesta quarta-feira, seus papéis recuperaram 2%, após perder 9%.
"Honestamente, pensava que agíssemos de forma apropriada, achava que fazíamos algo normal", avaliou o psicólogo, nascido na Moldávia e criado na Rússia até que sua família se mudou para os Estados Unidos quando ele tinha 7 anos, segundo dados biográficos citados pelo "Varsity", um jornal de Cambridge.
Este pesquisador desenvolveu um aplicativo denominado "This is Your Digital Life" (Esta é a sua vida digital).
Tratava-se de uma das centenas de pesquisas aparentemente inofensivas que circulam no Facebook e em outras redes sociais, do tipo "Que Pokemon é você?" ou "Quais são as palavras que você mais usa?".
Cerco ao Facebook
O caso alavancou um movimento de debandada do Facebook, uma iniciativa que recebeu o apoio, nesta quarta-feira, de um dos fundadores do WhatsApp.
Fonte: Correio Braziliense via Verdade Gospel

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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema

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