sexta-feira, 12 de julho de 2019

Cristianismo dá lugar ao ateísmo na Grã-Bretanha, sugere pesquisa

Porcentagem dos que se descrevem como cristãos caiu abaixo de 40% desde que a pesquisa começou em 1983


Houve um "declínio dramático" na identidade cristã da Grã-Bretanha nos últimos 35 anos, com um "aumento substancial" no ateísmo, de acordo uma pesquisa sobre o estado da nação.
Pouco mais de um terço (38%) das 3.879 pessoas entrevistadas para o relatório de Atitudes Sociais Britânicas se descreveram como cristãs, menos que a metade (50%) em 2008, e quase dois terços (66%) em 1983.
Por outro lado, aqueles que se identificam como muçulmanos aumentaram exponencialmente, de 1% em 1983, subindo para 3% em 2008 e 6% em 2018.
As descobertas representam a primeira vez que a porcentagem daqueles que se descrevem como cristãos caiu abaixo de 40% desde que a pesquisa começou em 1983, embora aqueles que não identificaram a denominação cristã aumentaram de 3% em 1983 para 13% em 2018.
Mais da metade de todas as pessoas entrevistadas (52%) disseram que não pertencem a nenhuma religião, em comparação a quase uma em três (31%) em 1983.
O relatório do Centro Nacional para Pesquisa Social, publicado na quinta-feira (11), disse: "As últimas duas décadas viram conflitos internacionais envolvendo religião e organizações religiosas domésticas, colocando-se em desacordo com os valores tradicionais".
O documento diz ainda que "encontramos um declínio dramático na identificação com as denominações cristãs, particularmente a Igreja da Inglaterra, um aumento substancial no ateísmo e na autodescrição como 'muito' ou 'extremamente' não-religioso, mas tolerância da diferença religiosa."
Os dados mostram que 11% das pessoas com fé frequentaram um culto religioso pelo menos uma vez por semana, uma taxa que se manteve estável desde 1998.
Metade (50%) dos entrevistados disseram que nunca oraram, acima dos 41% em 2008 e 30% em 1998, embora aqueles que oraram "várias vezes ao dia" subiram de 5% há duas décadas para 8% em 2018, segundo mostra a pesquisa.
Quase dois terços (63%) dos britânicos concordaram que as religiões trazem mais conflitos do que a paz, enquanto 13% discordam.
Os dados também mostraram que 51% dos entrevistados "sentem-se positivos" em relação aos cristãos, em comparação com 30% dos muçulmanos.
Da mesma forma, 4% das pessoas têm pensamentos negativos sobre os cristãos (nível com os budistas), em comparação com 17% para os muçulmanos.
O relatório disse que os dados oferecidos "é prova convincentes de que o processo de secularização continua inabalável".
"A Grã-Bretanha está se tornando mais secular, não porque os adultos estão perdendo sua religião, mas porque as pessoas mais velhas com um apego à Igreja da Inglaterra e outras denominações cristãs estão gradualmente sendo substituídas na população por jovens não afiliados", conclui o relatório.
"Para colocar de outra forma, o declínio religioso na Grã-Bretanha é geracional, as pessoas tendem a ser menos religiosas do que seus pais e, em média, seus filhos são ainda menos religiosos do que eles", explica o relatório.
Declínio do cristianismo
Respondendo às descobertas da pesquisa, Andrew Copson, diretor-executivo da Humanists UK, disse: "Pelo terceiro ano consecutivo, a pesquisa British Social Attitudes, o padrão-ouro em dados confiáveis sobre nossa sociedade, mostrou a maioria dos ingleses não são religiosos".
Copson diz que com essas tendências sendo definidas o país de formular políticas em todas as áreas, como saúde, educação, assistência social e até a lei constitucional, levando em conta "essas mudanças sociais dramáticas, particularmente a ascensão do não-religioso e o declínio do cristianismo."
Stephen Evans, executivo-chefe da National Secular Society, disse que os números mostram "a necessidade de uma séria forma de repensar os privilégios concedidos à religião na Grã-Bretanha".
Ele disse que "o acordo constitucional e as políticas públicas da Grã-Bretanha devem alcançar as opiniões de sua população".
Cristianismo para milhões
Dave Male, diretor de evangelismo e discipulado da Igreja da Inglaterra, disse: "Os tempos mudaram e, para muitas pessoas, marcar uma caixa marcada como 'Igreja da Inglaterra' ou 'Anglicana' é agora uma escolha ativa e não mais uma resposta automática".
"Apesar disso, a Igreja da Inglaterra permanece no coração das comunidades com milhões de pessoas alcançadas em suas vidas diárias através de nosso ministério e nossa mensagem da Boa Nova do Evangelho", disse Male.
O diretor disse ainda que "estamos vivendo em uma era de rápida mudança social, mas as pessoas ainda estão buscando significado e respostas para a vida".

Fonte: CPAD News

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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema

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