A Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), uma das instituições evangélicas mais tradicionais do País, em redutos locais, já abriu os púlpitos para a campanha das eleições presidenciais.
A igreja projeta criar uma comissão interna para definir regras gerais a serem repassadas aos seus pastores e arquiteta nos bastidores a aprovação de uma proposta para que os fiéis sejam orientados contra o "comunismo" e a "nefasta influência do pensamento de esquerda".
As informações são de Estado de S. Paulo e UOL.
Para se tornar uma diretriz da Igreja, a proposta ainda precisa de aprovação no Supremo Concílio, órgão máximo de deliberação da denominação.
A deliberação do assunto já está agendada para ocorrer entre os dias 24 e 31 de julho, em Cuiabá (MT).
O projeto demonstra a preocupação da Igreja em apresentar "a contradição entre Marxismo e suas variantes com o Cristianismo Bíblico" e criar orientações para "os declarados 'cristãos de esquerda ou progressistas' de suas inconsistências".
O documento precisa ser aprovado na reunião em Cuiabá para se tornar um posicionamento oficial da instituição Nos bastidores, a proposta é apontada como uma pressão contra fiéis críticos ao movimento conservador.
A cúpula da Igreja Presbiteriana do Brasil é majoritariamente conservadora. Os integrantes do alto comando da instituição estão diretamente alinhados com o atual presidente e o apoiarão na tentativa de reeleição.
O relator da proposta é o reverendo Osni Ferreira, da Igreja Presbiteriana Central de Londrina (PR). No último dia 3, ele já usou o púlpito da igreja para pedir apoio à reeleição do Presidente Jair Bolsonaro (vídeo no final da matéria).
"Nós temos que reeleger Bolsonaro. Irmãos, não tem outro caminho para o Brasil. Olha a América do Sul inteira…", disse Ferreira no culto. O deputado Filipe Barros (PL-PR), aliado do atual governo e membro da igreja, estava presente e também foi escolhido pelo reverendo para sua campanha à reeleição na Câmara.
A comissão "anti-esquerda" deve ter como relator o reverendo Alfredo Ferreira de Souza, da Primeira Igreja Presbiteriana de Roraima, autor de estudos sobre "as raízes satânicas do comunismo". O grupo também deve ser formado por líderes como o próprio presidente do Supremo Concílio, Roberto Brasileiro Silva.
Roberto Brasileiro tem um filho, o advogado Gustavo Brasileiro, que já atuou como assessor especial do Ministério da Educação, e é pré-candidato a deputado estadual pelo Partido Novo em Minas Gerais.
Hernandes Dias Lopes e Augustus Nicodemus Lopes, pastores conhecidos por terem milhões de seguidores nas redes sociais e influenciarem o pensamento presbiteriano no Brasil, também foram indicados para compor a comissão.
Indicado por Bolsonaro, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça também é associado à Igreja, assim como o ex-ministro do MEC (Ministério da Educação) Milton Ribeiro.
Assista abaixo vídeo do culto onde o pastor Osni Ferreira pede votos para Bolsonaro:
Triste ver a igreja se misturando com o mundo e com a politica. Pior ! usar a posição de liderança da igreja para pedir que o povo eleja um corrupto, mentiroso, negacionista, sem empatia e respeitro com a vida e saúde publica, cheio de odio, defensor de ditadutra e tortura, contra a educação, o meio ambiente. Que não se importa como os pobres, com as viuvas,com os orfaos , com os trabalhadores com os estrangeiros, com as minorias, com os mais necessitados ( ensinado nas Escrituras) preferindo governar para os ricos e poderosos. Precisamos voltar ao vangelico Puro, simples e verdadeiro.
ResponderExcluirO pior cego, é aquele que tem olhos e não encheram! Os fatos falam por si.
ResponderExcluirPara refletir sobre o tema: https://numinosumteologia.blogspot.com/2022/07/a-igreja-peresbiteriana-maconaria-e.html
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