quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Marcha para Exu: adeptos se dividem e evento sofre boicote dos próprios devotos

A liberdade religiosa é um direito no Brasil, que constitucionalmente possui um regime de governo laico.

Esse é o motivo pelo qual, assim como evangélicos organizam anualmente a Marcha para Jesus, adeptos de outras religiões também podem resolver criar a Marcha para Exu, como prendem este ano.

O organizador da marcha que faz referência a uma entidade cuja verdadeira natureza, para os cristãos, é demoníaca, acredita que pode apresentar outro entendimento a esse respeito durante o evento.

"Poderia ter escolhido outro orixá, mas quero mostrar para o mundo que Exu não é o diabo", diz Jonathan Pires, de 31 anos e responsável pela organização da marcha. "Exu é vida, respeito, amor. Em nome de Exu, vou carregar toneladas de alimentos para quem precisa."

Prevista para acontecer no próximo dia 13 na Avenida Paulista, a marcha para Exu visa reunir adeptos de religiões como o candomblé e a umbanda, além de simpatizantes. Contudo, logo após divulgar a iniciativa, Jonathan passou a ser boicotado por alguns dos devotos da sua própria religião.

Bolsonarista?

Isso, porque, um perfil divulgou nas redes sociais que Jonathan teria apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro. "Pra quem tá animado para essa tal Marcha Para Exu, pesquise muito bem quem está organizando e seus seguidores. Aliás, essa postagem aqui ele apagou, por que será, né?", criticou uma pessoa no Instagram.

Outro motivo das críticas se deve ao convite do Capitão Silva Rosa, que é umbandista, para participar da marcha para Exu. Ele também apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro durante o seu mandato e nas eleições.

Após a repercussão do projeto entre a comunidade de terreiro, o print de uma suposta publicação feita por Jonathan em apoio ao ex-chefe do Poder Executivo circulou pela web. Em seguida, o coletivo Umbanda de Verdade divulgou uma nota contrária à Marcha Para Exu. No texto, o grupo alega que o organizador do evento é apoiador do ex-presidente da república Jair Bolsonaro. "Não sabemos quais são os reais interesses que estão por trás desse movimento, uma vez que as ideologias bolsonaristas são incompatíveis com os valores umbandistas ou de qualquer outra religião de matriz africana", afirma o texto.

Pires, por sua vez, negou qualquer apoio a Bolsonaro, argumentando ainda que o evento previsto para o dia 13 será apartidário.

"Não existe essa postagem, não tem nada a ver com a Marcha Para Exú. Acredito eu que você não encontrou uma publicação, você encontrou pessoas fazendo alvoroço com a minha imagem", disse ele, segundo o Em OFF.

"Tão fazendo com o Lula, tão fazendo com o Bolsonaro. Estão tentando queimar de alguma maneira. Não tenho envolvimento político, minha palavra não faz curva. Povo quer de qualquer jeito tentar me desestabilizar."

Com informações: Gospel+ e EM OFF

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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema

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