PEDAGOGIA MAQUIAVÉLICA OU, A REVOLUÇÃO CULTURAL MARXISTA-GRAMSCIANA COM A INVERSÃO DE HIERARQUIAS

PEDAGOGIA MAQUIAVÉLICA OU, A REVOLUÇÃO CULTURAL MARXISTA-GRAMSCIANA COM A INVERSÃO DE HIERARQUIAS

Por Pr. José Verneques dos Santos

"Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se" (Mat. 13.25) 

Na parábola de Mateus 13.24-30, o Senhor Jesus explica que a boa semente foi semeada por ele mesmo, o Filho do Homem; já o inimigo que semeou o joio é o diabo. Logo, a boa semente, o trigo, representa os filhos do Reino; e o joio representa os filhos do maligno. E é contra o maligno e seus filhos, contra suas estratégias diabólicas, que os filhos do Reino precisam se opor, mas para isso devem se manter bem acordados.

1. O JOIO CONTINUA SENDO SEMEADO E OS TRABALHADORES...

As técnicas usadas como meio de manipulação pedagógica são armas poderosíssimas a serviço da persistente ideologia marxista-gramsciana com o propósito central de propagar "O DESCONSTRUCIONISMO DOS VALORES CRISTÃOS". Elas têm o objetivo de causar uma reviravolta educacional, aliciando desse modo, crianças e adultos, alunos e professores para atingir seu plano de domínio.

A Redefinição do papel na sociedade, aplicado pela escola aderente à ideologia supracitada, tem como prioridade a bestialização do aluno, impregnando-o de cultura anti-intelectual. É sabido que há diversos tipos de abordagens no ensino, a partir de crenças, experiências e cosmovisões, todavia, o principal papel da escola sempre foi e creio que ainda deve ser o de formar alunos intelectualmente, com senso crítico capaz de pensar por si mesmo, sem intervenções ideológicas, religiosas ou políticas.

Nesse sentido, supõe-se que o professor/educador tenha certa autonomia (pelo menos teoricamente) de optar por algum tipo de abordagem a partir de análises contextuais e críticas de cada método usado, para alcançar os resultados desejados. No entanto, percebe-se que o chão da escola se tornou o principal campo para a ideologia marxista-gramsciana semear o joio da sua ideologia. Algumas teorias ainda estão em voga nos métodos de ensino e precisam ser combatidas com veemência até que seja combalida e, por fim, erradicada. Algumas dessas teorias são:

I. O MÉTODO DA DISSONÂNCIA COGNITIVA – (Leon Festinger)                                                                                                                                                                 

Independentemente das “boas intenções” do autor e do proveito desse método no nosso contexto, o que se percebe pelas informações que se fomenta, é que grande parte da Escola Pública, por aderir a visão marxista-gramsciana, usa todos os métodos possíveis a fim de torná-la realidade. Prova disso é que o ensino aplicado pela maioria delas continua sendo:                                                                                                            

Não Cognitivo – "autocontrole, motivação, capacidade de trabalhar em grupo etc.". Em síntese, o método causa um viés cognitivo que leva pessoas a buscarem algum tipo de coerência em suas crenças e ideologias.                                                                                                                                                                  

Aprendizagem da Vida Social (Albert Bandura) – "estuda o quanto os indivíduos causam efeitos uns nos outros no que tange a aprendizagem". Ou seja, essa metodologia se destaca pelo aprendizado por meio da observação e pela interação entre a mente do aluno e o ambiente ao seu redor. Por não ser um técnico da educação, não opinarei sobre o conteúdo do método. Mas o que se percebe aqui como projeto de dominação, é uma inclinação ideológica com o claro objetivo de mutação dos valores cristãos, por meio de interferência nas ações e nos costumes dos discentes e dos docentes, no caso dos últimos, por meio de pressão, alienação ou conscientização voluntária. Para isso são empregadas estratégias de manipulação psicológica até causar coerção cerebral. 

O estímulo é para que se terceirize a formação do caráter da criança na escola, a ponto de fazê-la crescer sem adesão aos valores judaico-cristãos, ou até mesmo, qualquer outra forma de expressar fé no Deus dos cristãos. A revolução Gramsciana por meio da educação tem como linha de pensamento, persuadir a criança a um comportamento rigoroso, pelo uso de técnicas e manipulações psicológicas, concebendo certa destoação intelectual. Para isso a ideologia lança mão de certas técnicas:

"O indivíduo esforça-se por realizar um estado de coerência consigo mesmo, existindo a mesma espécie de coerência entre o que uma pessoa sabe ou crê e o que faz." Leon Festinger                 

Festinger ainda explica com eficácia que:

"A existência de dissonância, ao ser psicologicamente incômoda, motivará a pessoa a tentar reduzi-la e realizar a consonância, evitando ativamente situações e informações suscetíveis de aumentar a dissonância."

Em palavras simples, essa técnica considera a condição anterior que a orienta, e busca sua redução de tal modo que a reduz ao nada, dando lugar a dissonância, que a partir de então, passa a ser consonância. Isso permite perceber o quanto nossos atos podem influenciar nossos modos, crenças, valores e opiniões. Na realidade, os elementos éticos são influenciados pelos atos, pois atos geram pensamentos, e estes, por sua vez, alteram opiniões.

No caso da ideologia marxista-gramsciana, ela se empenha em levar o indivíduo a cometer publicamente um ato em contradição com seus valores, onde sua tendência será a de deturpar tais valores para diminuir a tensão que lhe oprime na escola. Isso geralmente se dá por conta de a pessoa estar sendo psicologicamente pressionada a se comportar de uma determinada forma, até se adequar àquele pensamento.

Em outros termos, se um indivíduo foi induzido a um certo tipo de comportamento, o próximo passo será descomplicá-lo naturalmente e, para isso, ele criará justificativas psicológicas per si, e o fará para aliviar o afligimento de agir contrariamente aos valores (Deus, família, propriedade etc.), adquiridos ao longo da vida. Por fim, a pessoa atinge o ápice e o novo comportamento se torna aceito.

II. O MÉTODO DA NÃO–RESISTÊNCIA OU, SUBMISSÃO À AUTORIDADE

Antes de tudo, é preciso frisar que o cristianismo refuta o anarquismo com rigor e aceita a submissão desde que a mesma esteja dentro dos padrões estabelecidos por Deus. Ou seja, a submissão deve ser em primeiro lugar, a Deus e, consequentemente, aos pais e às autoridades constituídas, se estas não ferir os princípios divinos. Nesse sentido, a submissão é uma doutrina bíblica e todo cristão deve praticá-la para glória de Deus. (Tg. 4.7a; Ef. 6.1; Rm. 13.1-3)

A submissão bíblica é fundamental para a boa conduta e testemunho do cristão. No entanto, em sua Teoria do Estado Ampliado, Antonio Gramsci assinala de forma não simples que, ao acessar o poder de Estado, sua conservação não pode permitir que haja lugar para a espera (esperança) messiânica do "grande dia", posto que é preciso buscar uma transformação da classe dominada para que seja a classe dominante, antes mesmo da tomada de poder e implantação do socialismo.

Para isso, o pensador italiano conta com a Teoria da não-resistência (conformismo). Ou seja, deve-se aplicar continuamente na educação a submissão do aluno ao professor; a submissão inconsciente ou proposital do professor, ao método manipulativo da escola, até que ambos sejam totalmente manipulados. Em geral muitos professores cedem, mesmo sabendo o que deve fazer, muitos aderem ao método errado promovido pela escola.

Tudo isso se dá por meio de técnicas simples que podem transformar o comportamento de crianças e adultos. O Estado ampliado segundo Gramsci se dá pela junção de duas esferas:                                                                                                                                                                                      

Sociedade política (Estado-coerção). Essa esfera é formada pelo conjunto de mecanismos através dos quais a classe dominante detém o monopólio legal da repressão e da violência, que se identifica com os aparelhos coercitivos do Estado.

Sociedade política (Estado ético). Já essa esfera se forma por organizações responsáveis pela difusão das ideologias, compreendendo as escolas, as igrejas, os partidos políticos, os sindicatos, as organizações profissionais, os meios de comunicação e afins. Diferente de Marx, que definia a sociedade civil com a estrutura das relações econômicas, Gramsci a define como relações ideoculturais e políticas.                                                                                                                                       

Obs. Lembremos que a ideologia Gramsciana conta com a Inversão de Hierarquias, portanto, seu fim último é tomar o poder e legitimar o socialismo como "Religião Oficial de Estado".

III. O MÉTODO DO CONFORMISMO OU, TENDÊNCIA AO CONFORMISMO                                                                                                           

Dentre muitas definições sobre o conformismo, achei muito interessante a de Augusto Cury:

"A arte de se acomodar, de não reagir e de aceitar passivamente as dificuldades psíquicas, os eventos sociais e as barreiras físicas". 

A proposta da Inversão de Hierarquias conta com o comodismo alcançado através da influência interpessoal. Para isso, a ideologia marxista-gramsciana se apodera dos efeitos da pressão imposta por grupos, sobre a mutação e a deturpação de julgamentos no indivíduo. Como efeito manada, ela influencia, altera e deforma a convicção do indivíduo agora oscilante.

O método de domínio tem como premissa fazer que as pessoas sejam definidas por meio do coletivo que está inserida, e não por cada indivíduo.

A estratégia funciona mais ou menos assim: todo o grupo errar de forma ajustada e, a maioria dos indivíduos que foram realmente analisados, erram por seguir o efeito de manada, embora sabendo que suas respostas estão corretas, eles cedem ao grupo, pois que depositam a confiança na maioria do grupo e seguem sua orientação, renunciando a seus valores. Desse modo, as decisões mais importantes, sofrem um grande peso de influência do grupo.

Isso mostra como indivíduos são naturalmente manuseáveis e permite que se perceba o quanto nossos atos podem influenciar nossas atitudes, crenças, valores e opiniões. Igualmente, quando um indivíduo passa a agir de forma contrária ao que pensa, origina-se um problema psíquico em sua mente (destoação, lavagem cerebral), comumente facultando a mudança de pensamento.

Em resumo, se no ambiente escolar, o indivíduo é levado a cometer publicamente um ato incongruente a seus valores, e uma vez ceder a isso, a tendência desse indivíduo será modificar tais valores para diminuir a tensão que lhe oprime no ambiente educacional. Isso se dá quando a pessoa é pressionada a se comportar de uma determinada forma e não se impõe com firmeza, deixando claro que sua opinião é contrária àquele tipo de pressão.

2. É PRECISO PERSEVERANÇA E DISCERNIMENTO PARA VENCER AS FORTALEZAS

"Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas." (2Co. 10.4)

I. HAJA ESFORÇO PARA DESCONSTRUIR A IDEOLOGIA MARXISTA-GRAMSCIANA                                                    

A ideologia em questão, concentra todas as suas forças ao se mover por uma utopia satânica de alcançar a desconstrução do cristianismo. Suas teses visam destruir os fundamentos da fé cristã. Isso só prova que não há compatibilidade entre a fé cristã e a filosofia marxista-comunista-gramsciana. 

"Por que, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?" (2Co 6.14)

Nesse sentido, o cristão deve se soerguer com força hercúlea de tal modo que, onde quer que se identifique esse pensamento, é dever confrontá-lo à luz da Bíblia. Porque se trata de uma armadilha do diabo para eliminar a família, a evangelização e, por fim, destruir a fé cristã. É preciso ser fiel à Escritura Sagrada, e ela revela a necessidade de: “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 1.3).

Mais que isso, que cada cristão evangélico se una ao pastor, e juntos busquem reunir toda a comunidade, em especial a juventude da igreja que congrega, discutam entre si sobre estes temas, procurem descobrir o que a comunidade como um todo pensa a respeito, e como os que estudam enfrentam estes desafios no chão da escola; promova seminários, simpósios e outros eventos para debater sobre o assunto e, o faça abertamente, com o propósito primário de conscientizar a comunidade que você pertence.

II. O COMBATE AO JOIO IDEOLÓGICO QUE SE OPÕE A TER RIQUEZAS E BENS

                                  

Na contramão das estratégias ideológicas apresentadas, as quais até citam frases bíblicas fora de contexto como em At. 2.44,45, (numa tentativa desesperada de autenticar seus planos), está a Escritura Sagrada. Esta, se coloca em forte contraposição a quaisquer ideologias anticristãs. A Palavra de Deus mostra de maneira clara e objetiva no citado texto de Atos, que os primeiros seguidores de Jesus primeiro creram e, só depois, estavam juntos e tinham tudo em comum (At. 2.44). Portanto, aliar-se a ideologias anticristãs que visam combater o cristianismo, não é ético, sensato e muito menos bíblico.

Logo, o argumento marxista-gramsciano não se sustenta nesse ponto... nem nos demais. Basta atentar que os primeiros seguidores de Jesus vendiam suas propriedades e bens, e repartiam "DESPRETENSIOSA E VOLUNTARIAMENTE”, com todos que TINHAM NECESSIDADE. Sendo assim, não era com todos no sentido de sair distribuindo a qualquer pessoa tudo que tinham, mas conforme a necessidade de cada um (At. 2.45). Ademais, o princípio era CRER, e tais atos de generosidade surgiam através da ação do Espírito Santo sem imposição alguma, o contrário do que propõe a ideologia marxista-gramsciana.

Atente-se ainda que em lugar algum da Bíblia há a afirmação de que possuir dinheiro é pecado, mas sim o AMOR AO DINHEIRO é a raiz de todos os males (1Tm. 6.10), e é exatamente essa a tônica da esquerda-caviar, o amor ao dinheiro. 

CONCLUSÃO

Por fim, a ideia gramsciana busca constantemente o cerceamento do indivíduo, ela tem como pano de fundo o engessamento e o adestramento intelectual do ser humano. Suas propostas avançam a cada dia diante de uma sociedade adormecida e anestesiada quanto ao ingente perigo. Cabe aos que não se curvam a essa estratégia nefasta, combater de forma incansável a esse sistema indomável que visa transformar nossas crianças em ativistas fanáticos, em inimigos de Deus, em defensores do aborto, da descriminalização das drogas, da libertinagem geral e da insubmissão civil.

Pelo Evangelho!

Pela família!

Pelos valores cristãos! 

Soli Deo Glória!

Pr. José Verneques Santos

Presidente da AD - Ministério Paulista

Primeiro Secretário da COMADESPE