Ao todo foram 11 postagens que Malafaia excluiu além de ter seu perfil no Twitter suspenso por 12 horas.
O Twitter mandou o pastor Silas Malafaia, líder e fundador da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, excluir postagens que chamavam a vacinação de crianças contra a covid-19 de "infanticídio". A rede social informou ao pastor Malafaia que caso os tuítes não fossem retirados, sua conta seria deletada.
Ao todo foram 11 postagens que Malafaia excluiu além de ter seu perfil no Twitter suspenso por 12 horas.
Em nota, o Twitter informou que constatou que "o conteúdo da mídia compartilhada e replicada em alguns tweets violou nossa política de informações enganosas sobre a Covid, por isso foi solicitada a remoção de mais de um tweet".
A empresa afirmou também que pode "obrigar que os clientes excluam os tuítes que violem a política da plataforma sobre informações enganosas acerca da covid-19 e que sejam gravemente nocivas". Há a possibilidade de recorrer contra a decisão.
A postagem de Malafaia alegava não haver motivo para vacinar crianças contra a covid. "Vacinar crianças é um verdadeiro infanticídio. Os números provam que não há necessidade de fazer isso", escreveu o pastor, contrariando diversos estudos científicos, a Organização Mundial de Saúde (OMS), o próprio Ministério da Saúde e a Anvisa.
Em dezembro de 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizou a aplicação do imunizante da Pfizer para a faixa etária entre 5 e 11 anos. A agência concluiu, após análise de estudos, que o produto é seguro também para esse público.
Uma campanha contra as postagens foi feita desde segunda-feira, 10, e o termo #DerrubaMalafaia apareceu entre os assuntos mais comentados na rede social. As suas postagens levavam a um vídeo em seu perfil no YouTube no qual criticava a vacinação infantil. O vídeo continua no ar.
O termo #DerrubaMalafaia começou a ganhar tração por volta das 21h desta segunda-feira. À meia-noite, já era o assunto mais comentado da rede, com mais de 16 mil menções.
Na tarde de ontem, Facebook e Instagram também tiraram do ar sua principal publicação sobre o tema. O grupo Meta disse que suas políticas "não permitem conteúdos alegando que as vacinas matam ou causam danos graves às pessoas".
Defesa de Malafaia
O pastor se disse revoltado com a postura do Twitter. Para ele, o correto seria primeiro ele apresentar sua defesa e depois, caso a rede social assim entendesse, ser forçado a deletar os comentários. "O Twitter é o julgamento mais injusto, ele pune para depois você se defender. É o que todas as redes sociais fazem", criticou.
Malafaia também atacou quem pediu a derrubada da sua conta na rede social. "São covardes, de democratas não têm nada, não suportam o contraditório. Dizem que nós somos fundamentalistas, mas eles que não suportam posição contrária", prosseguiu.
Ao Estadão, Malafaia negou que espalhe desinformação, argumentando que o vídeo removido continha dados para justificar suas declarações.
Ao GLOBO, Malafaia criticou o rito adotado pela rede. "Eles mandam remover os tuítes e mandam você se defender. O que é o processo legal? Você é acusado, você se defende, alguém julga quem está com a razão. Eles fazem o contrário. Tem pressão? (O Twitter) Tira a sua conta e aí manda você se defender. Por que vou me defender, se já suspenderam a minha conta e mandaram eu tirar os tuítes?", disse o pastor. "Falam em democracia, em liberdade de expressão, mas só vale a deles".
Malafaia também criticou a matéria do jornal O Globo. Para ele, o jornal mente quando diz que ele é contra a vacina para adultos.
"O JORNAL O GLOBO MENTE! Não sou contra a vacina para adultos. A prova é que me vacinei juntamente com todos os meus filhos. Só disse, na época, [que] não poderíamos vacinar na frente dos países do 1º mundo", declarou o religioso, no Twitter.
Em um post mais recente no Twiiter, Malafaia disse que "estamos vivendo uma moderna ditadura".
"A LIBERDADE DE EXPRESSÃO É UM FUNDAMENTO DA DEMOCRACIA! Por mais esdrúxulo que seja à manifestação do pensamento. ESTAMOS VIVENDO UMA MODERNA DITADURA! VERGONHA TOTAL!".
Com informações de Estadão, O Globo, Metrópoles e Twitter via Folha Gospel
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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema