segunda-feira, 23 de abril de 2007

Conselhos de Pastores - para que?

Nos tempos antigos, cada denominação evangélica vivia sua vida de maneira independente, como ainda é, no entanto, não tínhamos órgãos que nos unisse, no sentido de trazer um mínimo de UNIDADE, mesmo que fosse simbólica.
Todo crescimento traz mudanças, e isto é inevitável.
O crecimento dos evangélicos trouxe uma diversidade de tendências de igrejas como: Históricas, Tradicionais, Pentecostais e as Neopentecostais, essas então, são em números abundantes. Há um blog na internet com mais de 400 nomes de igrejas - www.hasbadana.blogspot.com. Como controlar tudo isso?
Na oração sacerdotal transcrita no evanhgelho segundo João 17, Jesus rogou ao Pai que fôssemos "Perfeitos em Unidade", para que o mundo crêsse que Ele foi enviado por Deus.
Passei a entender então, que os Conselhos de Pastores funcionam hoje, como uma espécie de "Mal necessário".
Muitos pastores tradicionais, com idade mais avançada e mesmo aqueles com mais tempo de Ministério, teem dificuldade de participar, pois lá encontram todo tipo de gente. Uns que se fizeram a sí mesmos: pastores, bispos e apóstolos, outros que suas igrejas são fruto de divissões e rebeliões, e realmente para quem já tem alguns anos de estrada, e até já sofreu muito por causa desse proselitismo religioso, fica dificultada a convivência, mas é preciso vencer barreiras.
O que quero salientar é que, essas associações não existem para nós mesmos, mas é a única maneira possível de mostrar ao mundo um mínimo de unidade, e isto é extremamente necessário, quase uma exigência dos tempos modernos.
Um governante público, a menos que seja um crente, nunca conseguirá entender essa diversidade de Igrejas. Certa vez o ex-prefeito da cidade de Santos, Beto Mansur, hoje Deputado Federal, disse para um certo pastor o seguinte: "Quando quero me reportrar aos católicos, vou ao Bispo Diocesano de Santos e resolvo tudo o que é necessário. Quando quero falar com os evangélicos, não sei nem por onde começar. São tantas igrejas e dentro de cada uma delas tantos ministérios e facções, que não consigo alcançar meus objetivos. Por favor criem uma maneira de facilitar a nossa vida". Ás vezes o poder público, através dos governantes, tenta ser cooperativo e compreensivo, única exclusivamente por causa do interesse político, mas na prática fica mesmo é conhecendo nossas diferenças e divergências, o que não é nada bom para o Reino de Deus.
Temos várias comemorações em comum, como por exemplo: Marcha para Jesus, Dia da Bíblia, Dia do Evangélico, Dia Internacional de Missões, e como cuidar dessas coisas de maneira pública e plural se não tivermos um órgão que nos represente?
As "divergências", internamente fazem parte do nosso cotidiano, mas externamente são uma verdadeira vergonha para o povo de Deus, e contribui sensivelmente para dificultar a credibilidade nas igrejas evangélicas e no próprio evangelho. Assim sendo, as insituições como os Conselhos de Pastores, ajudam a minimizar essas diferenças diante do mundo.
Para participar, é preciso ter maturidade espiritual, para entender que algumas situações não temos como resolver. Os próprios discípulos do Senhor Jesus não enendiam, pois certa vez inquiriram o Senhor: "E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que, em teu nome, expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue. Jesus, porém, disse: Não lho proibais, porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim. Porque quem não é contra nós é por nós". Marcos 9:38-40. João estava exatamente requerendo a propriedade dos Direitos Autorais do Evangelho, ou seja, quem não pertencer ao nosso Ministério ou Denominação, não pode fazer uso do Seu nome Senhor, nem utilizar nossa "franquia" sem a devida autorização .
O apóstolo Paulo também viveu essas mesmas pressões, no entanto teve, maturidade espiritual para suportar tudo por amor a Cristo, senão vejamos: "Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa mente; uns por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho; mas outros, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade, nisto me regozijo e me regozijarei ainda. Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo, segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho". Filipenses 1:15-21
Em nossas igrejas, vivemos cada um nossa própria realidade, nossos próprios sistemas e costumes, mas nessas instituições, precisamos de discernimento para suporta uns aos outros, pedir e liberar perdão, compreender e conviver com as diferenças. Precisamos deixar de lado os acessórios e focarmos no âmbito central do cristianismo, pois afinal de contas como diz o antigo hino: "Um só Deus, um só Senhor, uma só fé, um só amor. Um só batismo, um só Espírito, e este é o Consolador"
Entendo que nos Conselhos ou Uniões de Pastores, é necessário também um mínimo de ética, e isto deve ser incluisve estatutário, no sentido de aparar as arestas e tapar as brechas, no entanto nunca conseguiremos unificar totalmente nossos sistemas, usos e costumes.
Para o mundo é uma maneira de dizer: Somos ramos diferentes, todos procedentes e ligados a uma mesma árvore genealógica: Jesus Cristo, o crucificado, ressureto dentre os mortos e que um dia voltará.
Para Deus, estamos dizendo: Está difícil, mas estamos fazendo a nossa parte, tentando cumprir João 17.
O Papa João Paulo II, perguntado certa vez sôbre o Movimento Carismático na Igreja Católica, disse: " É um mal necessário, se não perderemos essa juventude para as Igrejas Pentecostais".
A mesma coisa digo eu agora sôbre os Conselhos de Pastores: É um mal necessário, por ser o único ponto de convergência para a unidade mínima que a Igreja do Senhor Jesus precisa demosntrar ao mundo.
Soli Deo Glória!

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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema

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