quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Grupo de pastores e ativistas lançam bancada evangélica socialista - COMENTO A NOTÍCIA


Um grupo de lideranças evangélicas com viés socialista lançou no começo de julho a Bancada Evangélica Popular (BEP), um movimento político que quer desassociar os evangélicos da imagem de conservadores.

"Nosso setor evangélico tem participado de forma negativa na política, com lideranças e um projeto de poder que não combinam com os valores do evangelho. Ferem a laicidade do Estado, cultivam a cultura do ódio e prejudicam a luta por justiça social", disse o grupo em uma publicação em 14 de julho.

Entre os fundadores da Bancada Evangélica Popular – todos do estado de São Paulo – estão pastores e ativistas evangélicos ligados a movimentos de esquerda, como a Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, o Coletivo Inadequados e o Evangélicas Pela Igualdade de Gênero. Eles fazem parte de igrejas protestantes como a Comunidade Cristã na Zona Leste (CCZL), a Igreja Metodista da Luz e a Igreja da Garagem.

O plano da BEP é intervir diretamente na política, entrando em partidos e elegendo nomes de sua escolha. "É nosso propósito ocupar as câmaras e assembleias com uma bancada evangélica popular, que lute e defenda os direitos de nosso povo", anuncia o grupo. "À luz da palavra de Deus, queremos promover políticas públicas concretas que cessem com a desigualdade social e promovam justiça, paz e dignidade para todas e todos."

Viés socialista é proclamado às claras

Embora em alguns momentos a Bancada Evangélica Popular se apresente como mera alternativa ao que denomina "cultura do ódio" dos políticos evangélicos que hoje exercem mandatos no Brasil, o movimento não deixa de proclamar às claras seu viés socialista. Em vários momentos, apresenta visões bem próximas às do marxismo clássico, como o rechaço aberto ao capitalismo.

O pastor Ariovaldo Ramos, que no ano passado publicou uma carta em apoio ao ex-presidente Lula, é um dos idealizadores da BEP. Em transmissão ao vivo no Facebook para lançar o movimento, em 5 de julho, Ramos disse que "a fé cristã sempre foi socialista" e que é inevitável que a Bancada Evangélica Popular atue somente com partidos que tenham o socialismo como bandeira. "Nós temos um projeto socialista, que é o projeto cristão", disse o pastor.

Entre as bandeiras da BEP, Ramos mencionou a luta pelo meio ambiente, pela igualdade de gênero, pela "igualdade entre todos os seres humanos", o antirracismo e o fim do capitalismo "como um sistema feroz, selvagem, que premia a acumulação e que estabelece a exclusão de seres humanos".

Samuel Oliveira, ativista e membro da Comunidade Cristã na Zona Leste (CCZL), tem sido o principal porta-voz do movimento. Em um vídeo recente do movimento Jornalistas Livres, ele afirmou que a BEP se pretende como um contraponto ao "[...] setor mais conservador, e totalmente entregue, vendido e comprado pelo sistema financeiro, pelo capital e por toda uma elite, uma classe dominante, que usa da sua suposta identidade evangélica para poder conduzir as massas do nosso povo evangélico".

Progressismo nos costumes também faz parte do ideário da Bancada Evangélica Popular

"Paz e bem a todos, todas e todos" (sic), diz a BEP na legenda de apresentação do vídeo de lançamento da iniciativa. A adesão à ideologia de gênero é frequente nos conteúdos publicados pelo movimento.

A simpatia por bandeiras caras aos movimentos progressistas contemporâneos, como a ideologia de gênero e as causas LGBT, também fica clara nas falas dos membros e nos comunicados publicados pela BEP. "A igreja evangélica passa uma mensagem muito ruim desde alguns anos para o país, dando a impressão de que nós somos um povo reacionário, pró-capitalista e repleto de fobias. Isso não é verdade", afirmou o pastor Ariovaldo.

No manifesto publicado em seu site, a BEP diz que quer cuidar "de todos os oprimidos e oprimidas por esse sistema que tem ceifado as vidas dos pobres, e principalmente das mulheres, dos negros, dos LGBTs, dos estrangeiros, dos indígenas, e de todos aqueles e aquelas por quem nosso Cristo, pela graça maravilhosa, entregou sua vida na cruz".

Por enquanto, mesmo com a participação de pastores conhecidos em alguns meios evangélicos, a BEP ainda engatinha em apoio popular: sua página no Facebook, espaço virtual onde o movimento foi lançado, tinha cerca de 500 curtidas até a publicação da reportagem.

Fonte: Gazeta do Povo


MEU COMENTÁRIO

A notícia está reverberada na íntegra, até porque tem tudo a ver com a comunidade da nação brasileira.

Como eles mesmos dizem, a intenção é contrapor o pensamento conservador evangélico, baseado nas sagradas escrituras, bem como na cultura judaico-cristã.

É um grupo ainda minoritário, mas que procura um "lugar ao sol" para galgar o crescimento necessário, no sentido de impor no meio cristão, seu pensamento socialista e liberalista, a partir de uma interpretação própria e conveniente da Bíblia Sagrada.

É lógico que eles sabem que são minoria ainda inexpressiva, mas a atitude tira qualquer inibição e começa minar as bases do cristianismo, com uma nova leitura e roupagem, no afã de nos dividir, a partir principalmente da juventude.

Portanto é necessário que evangélicos de maneira geral, não somente intercedam, que é o principal, mas também se mobilizem no sentido de que cada dia mais possa dar razão e consolidação.

Até então, "evangélicos" que pensavam de forma escandalosa e diferente, não se arvoravam em tentar "reinventar a roda", apenas diziam que "não eram mais evangélicos" mas agora, orientados pela esquerda já o fazem sem qualquer pudor.

É o fim dos tempos.

Oremos!

4 comentários:

  1. Fim dos tempos mesmo Reverendo Carlos Roberto! Os hereges sempre aparecem na Igreja em todos os tempos. E principalmente nesta última hora. Este grupo procura dividir a força política da Igreja Evangélica que tem se fortalecido no BRASIL. Convém um posicionamento firme da liderança evangélica pelos verdadeiros valores cristãos respaldado na PALAVRA de DEUS.

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  2. A partir do momento que se ligaram a movimentos de esquerda, Evangélicas Pela Igualdade de Gêneros, etc., já perderam a essência e longe estão dos princípios bíblicos. O marxismo e consequentemente o socialismo é uma visão de mundo; um governo totalitário. É uma manifesta oposição ao cristianismo. Assim como 152 pastores "católicos" se reuniram para contrapor a um governo conservador, assim pastores "evangélicos" também o fazem. Se o objetivo é desassociar os evangélicos da imagem de conservadores, já começou errado... As Escrituras Sagradas dizem:
    "_Não remova os marcos antigos que os seus pais colocaram". Provérbios 22,28. O resultado da quebra dos marcos antigos colocados por Deus para que o povo venha a respeitar tem um seguimento terrível!

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  3. Não vejo com bons olhos a igreja se metendo com a politica, seja ela de direita ou de esquerda, mas na atual conjuntura ela esta metida de corpo e alma na politica, no pior sentido da palavra. Discordo de algumas pautas da esquerda brasileira mas se é para se envolver com a politica parece mais cristão defender algumas das pautas da esquerda já que a atual direita alem de se ter mostrado tão corrupta quanto a esquerda não defendem a JUSTIÇA ensinada nas escrituras, não defendem o Amor ensinado por Jesus, alias muito pelo contrario exalam ódio. A direita tem a palavra VERDADE em seu slogan mas é defensora ardorosa de Fakes news ou seja da mentira cujo pai é o diabo. Discordo de pautas morais da esquerda, mas não acho que pecado seja vencido por decretos e santidade não é algo a ser imposto. Difícil ser contra as Ciências e se apegar a crendices como parte da direita, principalmente quando estas crenças envolvem vidas. Se tem uma politica que podemos dizer ser de acordo com a Bíblia podemos dizer que é aquela que defende as viúvas, os órfãos, os jornaleiros ( trabalhadores), os estrangeiros e os mais necessitados. As politicas da tal direita vai na contra mão, as reformas propostas mexem exatamente com estes e protegem banqueiros e grandes empresários inclusive exploradores do povo e das nossas riquezas naturais.

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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema

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